Bruno Moraes: “Dizem que até o autocarro foi penhorado”

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Os jogadores da União de Leiria sentem-se abandonados Foto: Fernando Veludo/nFactos

O avançado brasileiro Bruno Moraes foi um dos que avançou com a rescisão unilateral do contrato com a União de Leiria, por causa dos salários em atraso. Em entrevista ao portal brasileiro “Globoesporte”, deu conta das razões que o levaram a virar as costas ao clube: “Já vínhamos com muitos problemas, que estávamos a tentar resolver. Mas não houve solução. Então os jogadores procuraram o sindicato e decidimos rescindir o contrato. Estamos desde Dezembro a tentar resolver, e o clube tem vindo a enrolar. Cansámo-nos de ouvir as promessas do presidente”, resumiu.

“O clube poderia estar melhor. Lamento, porque quando vim para cá achei que era um clube organizado, que tinha tudo para crescer. Mas as coisas só foram piorando”, acrescentou Bruno Moraes, falando em coisas “esquisitas” no clube leiriense: “A crise afecta quase todos os clubes em Portugal, mas há algo esquisito no Leiria. O clube não tem património registrado em seu nome, nem estádio, nem nada. Há gente que diz que até o autocarro foi penhorado.”

Bruno Moraes fala num ambiente “de abandono” sentido pelos jogadores da União de Leiria. “Tentámos resolver tudo de várias formas, mas o ambiente no clube já é de abandono. Eles falavam e não resolviam os problemas. Já não havia ambiente para trabalhar. Havia alguns jogadores com dificuldades de transporte e até de alimentação. Alguns precisavam de pedir dinheiro emprestado”, contou o avançado.

Quanto ao futuro da sua carreira, agora que está sem contrato, Bruno Moraes confessa ter saudades do Brasil. “Vou esperar propostas. Já tenho conversado com o meu empresário e ainda vamos ver. Tenho saudades do Brasil, vamos ver se chega alguma coisa”, concluiu.

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