Sporting decreta “blackout”

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Silêncio em Alvalade Foto: Miguel Manso

A partir desta segunda-feira, os elementos da equipa de futebol do Sporting não falam à comunicação social, excepto nas situações em que são obrigados pelos regulamentos das provas em que participam.

“A administração da Sporting Clube de Portugal, Futebol SAD, decretou o 'blackout' na equipa de futebol profissional, numa medida que vigorará a partir do dia de hoje”, lê-se num comunicado publicado no site oficial do clube.

“Qualquer informação apenas poderá ser obtida no site oficial do clube, sem prejuízo de estarem asseguradas as presenças regulamentares previstas pela UEFA (Liga Europa), Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Zon Sagres) e Federação Portuguesa de Futebol (Taça de Portugal)”, acrescenta o mesmo documento.

Esta posição surge numa altura em que o clube está envolvido na polémica relacionada com o chamado “caso Cardinal”, em que o vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão foi constituído arguido por suspeita de denúncia caluniosa qualificada, depois de um membro de uma empresa sua ter depositado dois mil euros na conta do árbitro assistente José Cardinal, antes de um jogo com o Marítimo, para a Taça de Portugal, em Dezembro do ano passado.

Pereira Cristóvão pediu na quinta-feira a suspensão de mandato, mas agora deseja voltar a funções, algo que é discutido nesta segunda-feira, em reunião do conselho directivo do clube.

Como o PÚBLICO avançou na edição de sábado, os estatutos do Sporting não prevêem a figura da suspensão de mandato, o que obriga Pereira Cristóvão a manter-se no cargo ou a renunciar.

Godinho Lopes, presidente do clube, defendeu, entretanto, à Lusa uma outra tese: “É nossa convicção que este caso poderá ser analisado ao abrigo do Código de Sociedades Comerciais", afirmou o presidente, para justificar o uso da figura de suspensão de mandato.

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