CDS quer que voto contra de Ribeiro e Castro tenha “consequências políticas”

O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, insurgiu-se contra o sentido de voto de Ribeiro e Castro, que esta manhã violou a disciplina de voto na avaliação da revisão do Código de Trabalho.

O deputado centrista Ribeiro e Castro furou esta manhã a disciplina de voto da sua bancada e votou contra a revisão do Código Laboral proposta pelo Governo de coligação PSD/CDS-PP. A justificação que apresentou na sua declaração de voto reside na eliminação do feriado de 1 de Dezembro, dia da restauração da independência nacional.

No entanto, à saída do plenário, o presidente da bancada do CDS, Nuno Magalhães, não escondeu a sua indignação perante o gesto de Ribeiro e Castro. “Comunicou-me ontem que iria votar contra, violando a disciplina de voto”, disse, notando, logo a seguir, que “um outro deputado tirou consequências políticas disso”. Magalhães referia-se a José Manuel Rodrigues, o deputado centrista que votou contra o aumento do IVA na Madeira e que, na sequência desse voto, apresentou a sua demissão da vice-presidência da bancada parlamentar do CDS.

Confrontado com estas declarações de Magalhães, Ribeiro e Castro desvalorizou-as, apontando que “essa questão não tem importância”. “Não violei o mandato para o qual fui eleito e o mais importante é que não se elimine o 1º de Dezembro”, afirmou.

Caso o Governo decida avançar com a extinção deste feriado, Ribeiro e Castro “mobilizar-se-á” para a sua “restauração”. “Espero que haja uma evolução para que se impeça que seja cometido um erro”, afirmou.

Para Ribeiro e Castro, esta questão “é política”. “Imaginem o Presidente Obama a eliminar o 4 de Julho”, disse.

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