Árbitro português sai de casa com a sua família depois de filha ser ameaçada
O árbitro português Bruno Paixão e a família abandonaram a residência depois de receberem ameaças com uma descrição pormenorizada dos hábitos da filha, revela neste domingo o Diário de Notícias, que falou directamente com o profissional.
As ameaças acontecem depois da publicação na Internet dos dados pessoais e moradas de 25 árbitros das ligas profissionais. Os dados foram primeiro publicados dia 17 e depois voltaram a ser publicados na passada quinta-feira, dia 22, de acordo com o jornal.
A polícia aconselhou à família a sair de casa, já que o nível de detalhe da descrição das actividades da filha de sete anos era demasiado grande para ignorar a ameaça. Paixão não revelou a sua morada actual.
O Diário de Notícias relembra ainda as réplicas que se seguiram ao jogo Gil Vicente-Sporting, da passada segunda-feira, em que os leões perderam por dois golos. O presidente do Sporting considerou na altura que o árbitro Bruno Paixão foi “incompetente” e devia ser banido do futebol. Segundo o jornal, nos fóruns, os adeptos pediram a morada e os contactos de Bruno Paixão.
Além de Bruno Paixão, os árbitros Pedro Proença, Duarte Gomes, João Ferreira, e os assistentes José Braga, José Lima e Paulo Ramos pediram escusa para esta jornada, justificando a dispensa por férias, adiantou o jornal. A Polícia Judiciária está agora a estudar a publicação dos dados.
NotaBruno Paixão
"desmentiu que tenha saído de casa. Ao PÚBLICO,
Rui Macau, do Núcleo de Árbitros do Barreiro, disse que o árbitro foi a França, numa viagem que já estava programada.