Liga pondera queixas na Comissão Europeia contra monopólio de apostas e transmissões

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Foto: Ana Luísa Silva (Arquivo)

Em Conselho de Presidentes realizado nesta segunda-feira, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) decidiu estudar a possibilidade de apresentar uma queixa junto da Comissão Europeia contra os monopólios das transmissões de TV e das apostas desportivas.

Da reunião que decorreu na Alfândega do Porto saiu, por unanimidade (o Benfica, o FC Porto e o Sp. Braga não estiveram presentes), a decisão de equacionar este cenário até dia 30 de Junho. No caso dos direitos televisivos, os responsáveis da LPFP entendem que o processo tem pernas para andar, mas estimam que possa demorar cerca de um ano a decidir. Mesmo que a queixa apresentada não tenha fundamento, os clubes não correm quaisquer riscos.

Em matéria de transmissões de jogos, os clubes mostraram-se, por princípio, disponíveis para aceitar a sua centralização. Este cenário, que tem sido muito debatido e que terá como maiores opositores os clubes "grandes", que recebem a principal fatia das receitas, foi novamente defendido por Mário Figueiredo, presidente da LPFP, que sublinhou que os proveitos aumentaram nos países em que se avançou para a negociação colectiva.

No que respeita as apostas online, a intenção de apresentar uma queixa junto da Comissão Europeia baseia-se no facto de o Estado português não ter comunicado, como obriga a lei aprovada em 2003, a entrega do monopólio do sector à Santa Casa da Misericórdia.

Fora deste âmbito, o Conselho de Presidentes deliberou ainda a activação do fundo de reserva da Taça da Liga, avaliado em 343 mil euros, para distribuir pelos clubes da Liga de Honra que se debatem com graves dificuldades financeiras. No total, caberá a cada um cerca de 21.500 euros.

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