À décima vitória consecutiva, o Sp. Braga alcançou o Benfica

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Lima igualou Cardozo no topo da lista de goleadores, com 16 golos Foto: Duarte Sá/Reuters

Não é uma questão de discurso, mas de futebol. Por muito que os responsáveis do Sp. Braga rejeitem o estatuto de candidato ao título, em campo, os jogadores têm-se esforçado por provar o contrário. Na Madeira, assistiu-se a uma exibição e a uma reviravolta de equipa grande. O Nacional entrou por cima, mas saiu de gatas (1-3), subjugado pelo novo companheiro do Benfica na tabela.

Quando Moreno, aos 12’, concluiu da melhor forma uma combinação entre Rondón e Candeias para abrir o marcador, a comitiva bracarense terá experimentado uma sensação de déjà vu. A 30 de Janeiro, também no Funchal, Hugo Viana e companhia também tinham entrado em falso, frente ao Marítimo. E deram a volta por cima (1-2).

Deve ter sido a experiência acumulada a desinibir a equipa, porque os minhotos não acusaram a desvantagem - e muito menos a pressão de jogarem para o segundo lugar, de aproveitarem a oferta do Benfica. O futebol do Nacional fluía sobretudo pelas alas (cortesia de Candeias, que fez de Elderson o que quis), o Sp. Braga tentava tirar partido do miolo (A saída de Andrés Madrid, por lesão, facilitou a tarefa) e daquele pé esquerdo magistral de Hugo Viana.

Aos 24’, Lima recebeu um passe de 40 metros na área, mas deixou-se antecipar. Aos 40’, desviou com êxito já na pequena área, após uma assistência perfeita de Mossoró.

A mesma dupla não acusou o arrefecimento da descida aos balneários, no intervalo, e regressou em alta. Lima, todo ele mobilidade e sentido de oportunidade, fugiu à marcação pela direita, desviou a bola do caminho do guarda-redes Marcelo e contou com a ajuda do poste para “assistir” Mossoró, que se limitou a empurrar para o 1-2.

Agora era o Nacional que tinha de ir atrás do prejuízo. Pedro Caixinha trocou Mateus por João Aurélio mas não ganhou nada com isso. Leonardo Jardim substituiria Mossoró por Ukra e ganharia mais um golo por isso (67’). O mérito do jogador emprestado pelo FC Porto foi o de acompanhar a jogada que Leandro Salino e Lima desenharam a régua e esquadro. E o de encostar para o 1-3 final.

Antes desse momento, o Nacional tentara o empate pelas alas, pelo centro, em lances de bola parada - e Neto, de cabeça, quase aproveitava uma falha de marcação. Tudo em vão. O Sp. Braga ia anulando todas as investidas e espreitando o contra-ataque, para o golpe fatal, que carimbou a décima vitória consecutiva na Liga, a quinta fora de casa. Um registo impressionante, que colou a equipa ao Benfica no segundo lugar (49 pontos), a um mês da visita ao Estádio da Luz.

Ficha de jogo

Estádio da Madeira, no Funchal.


Assistência

cerca de 2000 espectadores.

Nacional

Marcelo Valverde, Claudemir, Luís Neto, Danielson, Marçal (Keita, 75’), Moreno, Madrid (Elizeu, 24’), Diego Barcellos, Candeias, Mateus (João Aurélio, 57’) e Mário Rondon.

Treinador

Pedro Caixinha.

Sporting de Braga

Quim, Salino, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson, Custódio, Hugo Viana, Ruben Amorim (Djamal, 82’), Mossoró (Ukra, 66’), Hélder Barbosa e Lima (Nuno Gomes, 90’).

Treinador

Leonardo Jardim.

Árbitro

Vasco Santos (Porto).

Amarelos

Nuno André Coelho (32’), Moreno (47’) e Mossoró (56’).

Golos

1-0, por Moreno, aos 12’; 1-1, por Lima, aos 40’; 1-2, por Mossoró, aos 54’; 1-3, por Ukra, aos 87’.

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