O grupo de “hackers” Anonymous está a preparar um “Março Negro”, com um apelo a que, durante todo o mês de Março, não se compre ou descarregue nenhum disco, música, filme, dvd, videojogo, livro ou revista, legal ou ilegalmente, às indústrias musicais, cinematográficas e audiovisuais, quer virtuais, quer reais. 

O terceiro mês do ano foi a escolha dos "hacktivistas" já que nele terá lugar "a realização do primeiro relatório económico mundial do ano". O objectivo é provocar uma substancial quebra nos lucros destes grupos económicos e elevar os tons dos protestos que têm sido registados desde o mês de Janeiro, aquando o fecho do site Megaupload.

De quinta-feira, 1 de Março, a sábado, 31 de Março de 2012, a “pacífica” acção de protesto à escala global, lê-se no comunicado, contra as entidades que apoiam as leis de antipirataria online, nomeadamente o ACTA (Acordo Comercial Anticontrafacção), o SOPA (Stop Online Piracy) e o PIPA (Protect Intellectual Property Act), pretende “enfrentar os lobbies musicais, cinematográficos e das indústrias audiovisuais".

Novo “blackout”?

Teme-se, ainda, um novo ataque cibernético previsto para o dia 31 de Março. Os alvos vão ser, sobretudo, os endereços que comecem por "http", os mais usados no mundo, com repercurssões que se poderão traduzir numa inutilização da Internet.

Tão conhecidos quanto temidos, os defensores da Internet livre Anonymous asseguram que não tolerarão a “pressão de nenhuma indústria a favor de uma lei de censura à Internet”.

Recorde-se ainda que, no passado dia 18 de Janeiro de 2012, o mesmo grupo de “hackers” levou a cabo o “maior ataque de sempre”, deixando em “blackout” vários sites como forma de contestação pela censura do Megaupload, site acusado de pirataria e conspiração.