Clubes e UEFA acordam redução do número de jogos particulares de selecções

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Rummenigge anunciou o acordo com a UEFA Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Em vez de 12 jogos particulares entre selecções todos os anos, passarão a ser realizados, em média, nove encontros anuais. Este é um dos principais pontos do acordo entre a Associação Europeia de Clubes (ECA) e a UEFA, selado nesta terça-feira.

As duas entidades, que representam respectivamente os clubes e as federações nacionais europeias, decidiram acabar com os jogos particulares únicos, como o que na quarta-feira coloca frente-a-frente Polónia e Portugal, definido que haverá nove jornadas duplas por cada período de dois anos.

A redução do número de jogos entre selecções faz-se, por exemplo, à custa do fim dos encontros habitualmente agendados para Agosto, anunciou Karl-Heinz Rummenigge, presidente das ECA, durante a assembleia geral que decorre em Varsóvia.

O alemão alertou, no entanto, que o acordo ainda tem de ser ratificado pela FIFA, com quem tem havido mais dificuldades de relacionamento.

O novo memorando de entendimento entre a UEFA e a ECA prevê ainda que os jogos particulares destas jornadas duplas sejam jogados no mesmo continente e que os torneios continentais (como os Europeus de futebol) terminem em meados de Julho.

ECA e UEFA chegaram também a acordo sobre os seguros dos jogadores que se lesionem ao serviço das selecções (que entra em vigor já no Euro 2012) e decidiram um aumento das compensações aos clubes que cedam jogadores para as fases finais do Euro 2012 e Euro 2016: o montante actual é de 55 milhões de euros e o novo valor será decidido no Congresso da UEFA, no próximo mês, em Istambul.

“Com este acordo, a UEFA reconhece claramente a importância dos clubes e o seu contributo significativo para o sucesso das selecções nacionais”, disse Rummenigge, agradecendo a Michel Platini, presidente da UEFA, e deixando um recado a Joseph Blatter: “Infelizmente, as discussões com o presidente da FIFA fracassaram.”

O novo memorando entra em vigor a 1 de Junho e durará até Maio de 2018, incluindo também uma cláusula que impede que seja tomada qualquer decisão que afecte os clubes sem o seu prévio consentimento.

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