O título espanhol nos pés de Ronaldo

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Três golos, leva 26 no campeonato, mais 3 que Messi Foto: Susana Vera/Reuters

Português marcou três golos e o Real esticou para 10 pontos a diferença para o Barcelona quando faltam 16 jogos para o final do campeonato. CR7 leva 119 golos de blanco e ultrapassou os 118 que marcara no M. United.

A Liga que era a mais bipolar dos principais campeonatos da Europa é comandada, agora, a uma só voz. O Barcelona desistiu e deixou o campo aberto para o Real Madrid, dono e senhor da prova. Guardiola atirou a toalha ao chão com o desaire ante o Osasuna na véspera (3-2), disse que a prioridade é a Liga dos Campeões e a Taça do Rei – sentiu que já não tinha pedalada para acompanhar o rival. Esta guerra não é para o Barça, frente a um inimigo que só perdeu oito pontos pelo caminho. Mourinho respondeu no Bernabéu com uma goleada sobre o Levante (4-2) que fez escancarar as portas do título, pronto para a quebrar três anos de hegemonia barcelonista.

A ocasião era a perfeita. O Levante não ganhava há seis jornadas e veste as mesmas cores do Barcelona (azul-grená). Foram as únicas equipas a bater o pé ao Real Madrid esta época, infligindo as duas derrotas que acumula no currículo, ambas na primeira volta. A 18 de Setembro do ano passado, Mourinho saía do estádio do Levante derrotado, o primeiro desaire da temporada surgiu à quarta jornada.

Desde aí, entrou numa série de 25 vitórias, dois empates e duas derrotas. Números que deixaram os blancos com uma distância incrível sobre o Barça. E que permitiram sentenciar a Liga a favor dos merengues, com 10 pontos de avanço.

Mais: a história está de mãos dadas com o Real. Na Liga espanhola ninguém conseguiu recuperar uma desvantagem maior de oito pontos nesta altura. Apenas o Valência conseguiu subtrair oito pontos em 2003-04, precisamente frente ao Real, então treinado por Carlos Querioz. Mourinho não é Queiroz. E tem Ronaldo.

Hat-trick de Ronaldo

Foi ele que deu a volta ao resultado, depois de Cabral ter gelado ainda mais a noite de Madrid com um golo aos cinco minutos. O resto do jogo foi de Cristiano Ronaldo.

Antes houve Iborra: fez um penálti (mão na bola) e foi expulso. Ronaldo não perdoou e converteu o 21.º castigo máximo seguido na Liga.

Depois, o show do português continuou com mais dois golos: um de cabeça e outro, um míssil de pé direito. Foi o sexto hat-trick na época (iguala o da temporada anterior) e chegou aos 119 golos vestido de blanco (em 122 jogos oficiais), ultrapassando os 118 com a camisola do M. United (em 192 partidas). Um novo máximo na carreira. É também o pichici da Liga com 26 golos, mais 3 que Messi.

Os golos de Koné e Benzema (um para cada lado) abrilhantaram a noite que fez abrir a vitrine do Real para preparar o 32.º título.

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