Liverpool voltou a ser o carrasco de Villas-Boas

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Conseguirá Villas-Boas resistir aos maus resultados Foto: Kieran Doherty/Reuters

Conhecendo a falta de paciência e os humores de Roman Abramovich, será difícil de acreditar que André Villas-Boas não tem o lugar em perigo, ou, pelo menos questionado, no Chelsea, como defendaram nos últimos dias Juan Mata ou José Bosingwa. É que os "blues" continuam sem acertar o passo e nesta terça-feira o jovem técnico português sofreu mais um revés, ao ser eliminado da Taça da Liga, em casa, pelo Liverpool com uma derrota por 2-0, depois de há nove dias ter sido também batido pelos homens de Kenny Dalglish, igualmente em Stamford Bridge (2-1), para a Premier League.

Após o primeiro desaire com o Liverpool, Villas-Boas havia dito que não acreditava que Abramovich o fosse despedir e pagar-lhe uma avultada indemnização, depois de ter entregue 15 milhões de euros ao FC Porto para o contratar. Só que a seguir à derrota desta terça-feira, a tolerância do magnata russo terá descido um pouco, ele que exige sucesso imediato e que já provou que não se importa de despedir treinadores a meio da época, como aconteceu com José Mourinho em 2007 e com Luiz Felipe Scolari em 2008 — Mourinho foi despedido à sexta jornada, com dois empates e uma derrota em seis jornadas no campeonato, mais o desaire na Community Shield, enquanto Scolari durou 25 rondas no clube, com sete empates e quatro desaires.

Para já, Villas-Boas está a desiludir na sua estreia no futebol inglês. Na Premier League, o Chelsea ocupa o quinto lugar, com um empate e quatro desaires em 13 jornadas, enquanto na fase de grupos da Liga dos Campeões a qualificação não está fácil (joga contra o Valência na última ronda). E a partir de agora, a Taça da Liga deixou de ser um objectivo.

Villas-Boas apostou numa equipa um pouco diferente da habitual, com Torres e Lukaku a formarem a dupla de ataque e sem ter sequer Drogba (que rejeitou a proposta de renovação) no banco — Bosingwa foi o único português que jogou.

Mas foi o Liverpool que voltou a ser feliz em Londres, qualificando-se para as meias-finais da competição graças aos golos de Maxi Rodríguez (58’) e Martin Kelly (63’), não sem antes Andy Carroll ter falhado um penálti aos 22’, que castigara mão na bola de Alex. Apesar de não conseguirem extrair golos do seu gigante avançado, os reds estão a atravessar uma boa fase, não perdendo há 11 jogos.

Quem também foi feliz em Londres foi o Manchester City, que eliminou o Arsenal nos Emirates com um triunfo por 1-0, golo de Aguero aos 84’. Os galeses do Cardiff também seguem em frente na competição após derrotarem em casa o Blackburn Rovers por 2-0.

Nesta quarta-feira, Manchester United e Crystal Palace decidem em Old Trafford o lugar em aberto nas meias-finais.

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