Marítimo marcou primeiro na Choupana, mas só garantiu o empate no tempo de compensação
Em 12 derbys madeirenses disputados até agora no Estádio da Choupana, Nacional e Marítimo tinham já empatado por sete vezes. Neste sábado, e embora o Nacional tenha entrado em campo com uma das maiores desvantagens pontuais de sempre face ao rival insular - onze pontos separam as duas equipas -, a história voltou a repetir-se (desta vez com um empate a duas bolas).
Apesar de uma primeira meia hora de jogo com poucos motivos de interesse (destaque apenas para um cabeceamento de Rondon que saiu por cima da baliza de Peçanha), o inevitável Baba abriu o marcador, respondendo da melhor forma a um grande passe de Roberto Souza. O senegalês aguentou o encosto do adversário e rematou cruzado para o fundo da baliza defendida por Marcelo, assumindo-se cada vez mais como o “rei dos marcadores” da Liga (são já nove, face aos sete apontados pelo avançado do Sporting van Wolfswinkel, segundo na lista dos melhores marcadores).
O Nacional da Madeira tentou responder de imediato, mas não conseguiu mais do que uma resposta tímida, com muitos passes errados e outras tantas más recepções. Tanto que, perto do intervalo, o Marítimo parecia ter o jogo controlado. No entanto, aos 44’, uma entrada muito dura de Ruben sobre Luís Neto, defesa central do Nacional, acabaria por transfigurar o jogo. O defesa esquerdo do Marítimo foi expulso com vermelho directo (este foi já o quarto Nacional-Marítimo consecutivo que não terminou com os 22 jogadores em campo) e Pedro Caixinha, treinador do Nacional, fez entrar o avançado Candeias para o lugar do médio Mihelic, procurando aproveitar a inferioridade numérica da equipa comandada por Pedro Martins.
A aposta do técnico do Nacional revelou-se certeira, uma vez que, aos 66’, o mesmo Candeias concretizou a superioridade da equipa da casa e conseguiu o empate, respondendo com um remate eficaz a um cruzamento de Claudemir na esquerda.Pouco depois, Felipe Lopes esteve perto de completar a reviravolta do marcador, mas esta acabaria por pertencer a Rondon que, aos 89 minutos, fez o 2-1. Tudo começou com um pontapé em profundidade feito ainda na grande área do Nacional. O internacional venezuelano ganhou de cabeça aos centrais do Marítimo e foi mais forte no um contra um, demonstrando uma enorme serenidade na hora de finalizar.
Caixinha já quase festejava a primeira vitória ao comando do Nacional da Madeira quando, no final do tempo de compensação (90+4’), um pénalti assinalado a favor dos verde-rubros, por mão de Luís Alberto, ditaria o resultado final: Heldon converteu o castigo máximo e fez o 2-2.
Ficha de jogoNacional 2
Marítimo 2
Jogo no Estádio da Madeira, no Funchal.
Assistência cerca de 3.000 espectadores.
Marcelo Valverde, Claudemir, Felipe Lopes, Luís Neto, Stojanovic, Andrés Madrid, Rene Mihelic (Candeias, 46’), Juliano (Luís Alberto, 90+2’), Diego Barcellos (Oliver, 59’), Mateus e Mário Rondon. Treinador Pedro Caixinha
MarítimoPeçanha, Briguel, João Guilherme, Roberge, Rúben Ferreira, Roberto Sousa, Rafael Miranda, Olberdam (Luís Olim, 46’), Danilo Dias (Heldon, 76’), Baba (Fidelis, 68’) e Sami. Treinador Pedro MartinsÁrbitro Bruno Paixão, de Setúbal. Amarelos Rene Mihelic (10’), Roberto Sousa (15’), Rafael Miranda (20’), Baba (45’), Roberge (45+2’), Stojanovic (45+2’), Luís Neto (70’) e Heldon (90’). Vermelho Rúben Ferreira (45’).
Golos
0-1, por Baba, aos 29’;
1-1, por Candeias, aos 67’;
2-1, por Mário Rondon, aos 89’;
2-2, por Heldon, aos 90+6’ (g.p.).