Prioridade para Hospital Único é assegurar qualidade, dizem associações

As associações militares afirmaram hoje ser essencial que o futuro Hospital das Forças Armadas (HFA), que o ministro da Defesa anunciou que ficará no Lumiar, garanta serviços de saúde de qualidade, independentemente de qual seja a sua localização.

"Esta é mais uma decisão de extrema importância para os aspectos sociais em que as associações não tiveram nada a dizer sobre a matéria, contrariando o próprio espírito da lei, mas ultrapassando esse aspecto, que não é menor, cremos ver com bons olhos que se encontre uma solução, seja no Lumiar, seja onde for, mas de uma vez por todas se encontre uma solução para matéria tão sensível, porque a saúde militar não é um privilégio e tem de ser devidamente assegurada", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS).

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou hoje no Parlamento que o HFA vai ficar localizado no Hospital do Lumiar, onde funciona actualmente o Hospital da Força Aérea, e que o processo de concentração deverá começar em 2012.

O sargento-chefe Lima Coelho considerou que "todos os militares" têm sido penalizados com o arrastamento deste processo - que gerou marcadas divergências entre os três ramos - e que "quem tem de sair completamente incólume de tudo isto são aqueles que têm a missão que têm, que é a missão militar".

"Quem perdeu até este momento foram todos os militares, porque esta reestruturação da saúde militar, atabalhoada como foi feita até aqui, não serve ninguém com certeza", concluiu.

Já o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), coronel Pereira Cracel, disse à Lusa que a escolha do local para o futuro Hospital Único "é uma decisão que cabe inteiramente ao poder político" e que "independentemente da localização do hospital" o importante "é que a saúde militar, e na vertente hospitalar, garanta aos militares a prestação de cuidados de saúde que sempre tiveram".

"Esta é uma hipótese entre outras que poderá ser interessante, desde que no Hospital da Força Aérea ou no Hospital Militar Principal, ou em qualquer outro local, se reúnam e consigam as condições para que a saúde dos militares seja uma prioridade", defendeu o presidente da AOFA.

A Lusa tentou contactar o presidente da Associação de Praças (AP), mas tal não foi possível até ao momento.

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