Nota da direcção do PÚBLICO

A direcção do PÚBLICO foi surpreendida hoje com a divulgação de uma notícia do Expresso de acordo com a qual o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) teve acesso aos registos do telemóvel do jornalista Nuno Simas datados de Julho e Agosto de 2010.

A direcção do PÚBLICO considera inadmissível e inaceitável que um jornalista da redacção (Nuno Simas deixou os quadros do PÚBLICO em Julho de 2011, um ano após os acontecimentos relatados) tenha sido objecto de uma prática desta natureza e entende que este caso não pode ficar impune.

A direcção do PÚBLICO exige ao Governo que seja feito um inquérito para apurar responsabilidades e que vá até às últimas consequências.

A opinião pública não pode aceitar que organismos encarregues da segurança do Estado devassem a privacidade de jornalistas, atropelando as garantias mais básicas do exercício do jornalismo, como é o caso da reserva da fonte.

Esta é uma exigência que não diz respeito apenas ao jornal PÚBLICO e ao jornalista Nuno Simas, mas sim a todos os jornalistas e a toda a opinião pública.

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