Imprensa britânica diz que Villas-Boas foi segunda escolha

Foto
O The Independent diz que é uma “aposta” arriscada de Abramovich Reuters

O “mini Mourinho”, como a imprensa britânica chama esta terça-feira a André Villas-Boas, só foi convidado para treinar o Chelsea após recusar trabalhar sob as ordens do holandês Guus Hiddink.

“O Chelsea virou-se para Villas-Boas devido à relutância de Hiddink em aceitar um papel envolvente, o que parece que a curto prazo custou o seu regresso a Stamford Bridge”, lê-se no The Times.

O diário diz que o lugar de treinador dos “Blues” foi oferecido ao actual seleccionador da Turquia “no mês passado, mas este mostrou reservas e o Chelsea cansou-se das suas evasivas”.

Por seu lado, o Daily Mail noticia que o treinador de 64 anos primeiro mostrou vontade de mudar-se para Londres, mas, depois, exigiu “um treinador de topo a trabalhar” ao seu lado, “para partilhar o fardo”.

Este jornal avança que, após as recusas do holandês Marco van Basten e de Steve Clarke, sondaram Villas-Boas, mas “cedo tornou-se claro que ele só consideraria o trabalho de treinador” principal.

O The Independent conta que o Chelsea “primeiro virou-se para Villas-Boas como treinador para trabalhar sob o comando de Hiddink, mas ficou tão impressionado com o treinador do FC Porto que decidiu oferecer-lhe o posto de treinador principal”.

Quanto ao Daily Mirror, afirma que o proprietário do clube londrino, o russo Roman Abramovich, voou sábado para falar o português, mas que este não disse logo que sim.

Foi só no dia seguinte, adianta o Times, que Villas-Boas chegou a “compromisso informal” e, segunda-feira, acrescenta o Telegraph, uma delegação do Chelsea esteve em Portugal para acertar os pormenores.

Para o The Independent, a ascensão do técnico português, de 33 anos, à direcção de um dos principais clubes britânicos e europeus “tem todos os elementos de um conto de fadas do futebol”.

Mas, refere que a escolha do “mini-Mourinho” é uma “aposta” arriscada de Abramovich, pois o português será “mais novo do que o guarda-redes suplente (o também português Hilário, de 35 anos) e marginalmente mais velho do que os jogadores chave”.

Uma lista mostra que Villas-Boas tem apenas mais alguns meses de idade do que Didier Drogba e Frank Lampard.

As dúvidas sobre se estará à altura do lugar lançadas hoje pela imprensa britânica são resumidas por um colunista do Guardian, que compara a sua potencial contratação como uma solução tipo “boneca russa”.

“O dono do Chelsea abriu a boneca Mourinho e tirou de dentro o Villas-Boas mais pequeno”, escreve Paul Hayward.

Sugerir correcção
Comentar