Transferência de Júlio César do Restelo para a Luz investigada pela PJ
A Polícia Judiciária (PJ) realizou na quarta-feira buscas nas instalações da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Benfica, no Estádio da Luz, solicitando diversa documentação sobre a transferência do guarda-redes Júlio César.
Segundo o Jornal de Notícias (JN) desta quinta-feira, as buscas da PJ, que foram efectuadas ontem, terão visado os negócios do espanhol Roberto Jiménez e do brasileiro Júlio César. A SAD do Benfica confirma as diligências, mas apenas em relação ao guarda-redes brasileiro.
Neste caso, a PJ está a investigar crimes de branqueamento de capitais, de fraude fiscal e de burla, avança, por seu lado, o Correio da Manhã (CM) na sua edição de hoje, acrescentando que o processo está no Departamento de Investigação e Acção Penal, liderado por Maria José Morgado, e envolverá outros futebolistas.
De acordo com ambos os diários, nesta investigação está também envolvido o agente FIFA Jorge Mendes. O JN escreve que “o empresário não representa nenhum dos jogadores em causa, mas teve um papel determinante enquanto intermediário do negócio entre o Atlético de Madrid e o Benfica, para a contratação de Roberto” - custou aos encarnados mais de oito milhões de euros.
Benfica diz que só esclareceu transferência de Júlio CésarA SAD do Benfica já reagiu às notícias, num comunicado em que fala de “sensacionalismo” e “especulação” a propósito das notícias avançadas por JN e CM. “A Benfica Futebol SAD vem esclarecer que durante o dia de ontem, uma equipa da Polícia Judiciária esteve no Estádio da Luz solicitando diversa documentação sobre a transferência do atleta Júlio César, nomeadamente sobre os comprovativos de liquidação da mesma ao C.F Os Belenenses SAD, sendo que, ficou claro que o alvo da investigação está a montante do Benfica. Estes são os factos, tudo o que vai para além disto é ficção e a Polícia Judiciária, se assim o entender, poderá confirmá-lo”, pode ler-se no comunicado dos “encarnados”.
“Da parte da Benfica Futebol SAD foi prestada toda a colaboração e fornecidos todos os documentos solicitados. Colaborar com uma instituição judiciária é um acto normal, pelo menos é assim que a Benfica Futebol SAD o encara, dada a transparência dos processos e a idoneidade das pessoas que neles intervêm”, acrescenta a reacção do Benfica, que termina ameaçando com processos judiciais “todos aqueles que de forma grosseira ultrapassaram os limites que o dever de informar impõe”.
Notícia actualizada às 09h28