Um boicote e abstenção elevada em freguesias da Lousã e Miranda do Corvo

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Em Serpins, o local de voto foi encerrado a cadeado Foto: Joana Bourgard

O descontentamento das populações de Miranda do Corvo e da Lousã, por causa do cancelamento das obras do Metro Mondego, está reflectir-se na adesão ao acto eleitoral: em algumas freguesias dos dois concelhos, os níveis de votação são inferiores aos registados habitualmente e em Serpins, no concelho da Lousã, o local de voto, instalado numa escola básica, foi mesmo encerrado a cadeado e a votação foi adiada para a próxima terça-feira.

"Acabámos de receber indicação do Governo Civil de Coimbra de que hoje não haverá a eleição e passou para terça-feira", afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Serpins. A GNR ainda foi chamada ao local mas as tentativas para abrir as portas do local de voto não tiveram sucesso. “Senhor primeiro-ministro, senhores ministros e afins, queremos uma solução ferroviária entre Coimbra e Serpins", lê-se num dos cartazes pendurados no local de voto.

Também na Junta de Freguesia de Vila Nova, em Miranda do Corvo, até cerca das 11h00, ninguém tinha ainda votado para as eleições presidenciais. As mesas de voto, instaladas no centro paroquial estão abertas mas os eleitores é que não têm aparecido. "Temos 1350 eleitores. Em média votam cerca de 950. Mas até agora não votou nenhum", afirmou o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Godinho. Tanto na Lousã como em Miranda do Corvo, e à excepção da freguesia de Serpins, não há registo de mais boicotes eleitorais.

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