Mourinho: “Depois de Eusébio, Figo e Cristiano, tocou-me a mim”

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"É pesadinho, bonito, mas o importante é o significado dele", disse Mourinho, sobre o troféu que recebeu Reuters

José Mourinho qualificou como “histórico” o facto de ter recebido nesta segunda-feira o prémio de melhor treinador do mundo em 2010.

“É um troféu histórico para mim e para o futebol português”, disse o treinador aos jornalistas em Zurique.

“Depois de Eusébio, Figo e Cristiano, tocou-me a mim. Já somos quatro [a ganhar a Bola de Ouro]. Para um país como o nosso é motivo de satisfação”, acrescentou o técnico, explicando as razões de ter discursado em português. “Os portugueses não têm tantas alegrias assim.”

Mourinho reconheceu, por um lado, que lhe faltava este prémio, até porque “não existia”, e que é um troféu “marcante”, por ser a primeira vez que é atribuído.

Mas, por outro lado, também o desvalorizou: “Mais importante do que o troféu é ouvir palavras como as do Sneijder, Marcam mais do que troféus”, disse o treinador, referindo-se à declaração do médio holandês durante a gala (“foi um prazer trabalhar contigo. Para mim, és o melhor treinador do mundo”).

O treinador do Real Madrid fez ainda questão de salientar que “amanhã há treino e quinta-feira há jogo”: “Quem me conhece sabe que olho sempre para frente e não para trás.”

Nas declarações em Zurique, já depois de ter recebido o prémio, Mourinho defendeu ainda que o galardão é uma homenagem ao seu título europeu: “O Inter foi um bocadinho injustiçado como campeão europeu por não ter tido nenhum jogador sentado nestas três cadeiras. Sabia que para a família interista tinha algum significado que o seu treinador recebesse a Bola de Ouro”, disse Mourinho, que se despediu descrevendo o troféu que levou para casa: “É pesadinho, bonito, mas o importante é o significado dele.”

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