Jaime Gama recebe Bíblia com textos de seis deputados

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Jaime Gama recebe o livro amanhã à tarde Foto: Daniel Rocha

O social-democrata Pacheco Pereira diz que a Bíblia “faz parte do chão em que nos movemos”, o bloquista José Manuel Pureza escreve que ela “é a nossa história de pessoas, com os nossos começos e as nossas finitudes”. A centrista Teresa Caeiro diz que é “a mais fascinante e mais intemporal obra de todos os tempos” e o comunista Bernardino Soares escreve que a Bíblia contém em si “muito do sentir e dos anseios da Humanidade” que já serviu como “arma de libertação” para muitos.

São ideias destes deputados numa edição especial de A Bíblia Para Todos que amanhã à tarde será entregue ao presidente da Assembleia da República. Jaime Gama receberá os responsáveis da Sociedade Bíblica Portuguesa, que se dedica à edição da Bíblia, às 16h30, acompanhados de responsáveis de diferentes confissões cristãs.

Este volume inclui ainda textos do socialista Luiz Fagundes Duarte, que escreve que “A Bíblia é o livro do Tempo e da Palavra que não tem fim”, e da deputada de Os Verdes, Heloísa Apolónia – que relaciona “a destruição do equilíbrio fundamental entre homem e natureza” com a “mensagem de esperança” contida na cosmogonia bíblica da criação.

A edição A Bíblia Para Todos, publicada no ano passado, foi preparada por um conjunto de biblistas católicos e protestantes. Esta iniciativa especial com tiragem limitada será, depois de entregue a Jaime Gama, oferecida também a todos os deputados da Assembleia da República.

Ao celebrar os duzentos anos da sua presença em Portugal, a Sociedade Bíblica pretende homenagear os representantes do povo “na Casa que representa a tolerância, a pluralidade e, acima de tudo, a liberdade”, afirmam os responsáveis da editora. Os primeiros divulgadores da editora, no início do século XIX, eram protestantes e tiveram que enfrentar, muitas vezes, perseguições e discriminações.

“Ao longo da História, a Bíblia tem contribuído para mudar indivíduos e nações. Tem marcado expressões de vida tão diversas como a literatura, o teatro, as artes plásticas, a música, a educação, a economia, o direito ou as ciências”, justifica a editora.

Na introdução desta edição especial, é recordado o jovem deputado britânico William Wilberforce que, em 1786, “decidiu começar cada dia com a leitura da Bíblia, a oração e escrita do seu diário, o que o levou a lutar pela abolição da escravatura.

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