O aprendiz da invencibilidade jogou com o mestre das vitórias e perdeu
O FC Porto aproveitou a maior capacidade do seu meio-campo, do ataque e o notável fulgor de Hulk. O brasileiro matou o jogo ainda na primeira parte e garantiu a décima vitória consecutiva de André Villas-Boas em jogos oficiais nesta temporada.
No primeiro golo, os rivais, sobre a direita, não o conseguiram acompanhar e o remate saiu potente. Moretto teve mãos brandas e defendeu com uma palmada para o estreante Otamendi surgir no sítio certo e não perdoar tal benesse. O segundo, em cima do intervalo, surgiu numa das típicas arrancadas de Hulk, com potência e velocidade, a aproveitar um mau passe de Maurício. A velocidade foi louca, o disparo foi mortal. Ficou tudo resolvido. Na bancada do Dragão, o novo seleccionador nacional, Paulo Bento, deve ter pensado que não lhe faria mal nenhum ter um jogador como o brasileiro à sua disposição.
O FC Porto ainda não é brilhante. Mas tem um génio que dá pelo nome de Hulk. Além de uma elevada capacidade de posse de bola garantida por Belluschi e João Moutinho, este claramente em subida de forma. E o eixo da defesa também ganhou um elemento aparentemente de qualidade – Otamendi, que actuou na posição de Maicon. O internacional argentino estreou-se, não teve problemas na defesa e apareceu no lugar certo, aos 23’, a concluir a jogada de Hulk.
A equipa portista sente apenas falta de Falcao, que tarda em regressar à forma goleadora que o distinguiu na época passada.
O Olhanense (que esteve melhor no segundo tempo do que no primeiro, apresentou-se, teoricamente, num 4x3x3, mas na realidade jogou num 4x5x1. O médio Paulo Sérgio funcionou quase sempre como segundo lateral para tentar ajudar Fernandes a travar Hulk e Fucile. No lado oposto, Jorge Gonçalves teve o mesmo problema com Varela e Álvaro Pereira. Mas nenhum deles conseguiu ser médio-ala. E todo o esforço ofensivo dos forasteiros limitou-se a um ou dois remates e a outros tantos cantos. Djalmir nunca teve a possibilidade de bisar como na temporada passada. Os algarvios, porém, mostraram que têm jogadores para fazer um campeonato tranquilo.
+
Hulk
Sempre o mesmo. Não há como fugir. Hulk é a estrela maior desta equipa portista. Assume-se como um pesadelo para qualquer defesa. Praticamente resolveu o jogo. Saiu aos 68’ cansado e com André Villas-Boas apostado em poupá-lo para a deslocação à Bulgária.
Otamendi
O internacional argentino teve uma estreia melhor do que aquela que poderia esperar. Não teve problemas na defesa e abriu o marcador frente a uma equipa que apostou todos os seus recursos na defesa. Argumentos que lhe valeram um empate em Alvalade.
-
Falcao
Continua longe da melhor forma e dos golos. O colombiano continua esforçado, mas quase parece ter perdido o instinto matador que o celebrizou. Teve duas oportunidades e em ambas falhou.
Olhanense, 0
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.Assistência
35.430 espectadores.
Helton
6, Fucile
5, Rolando
6, Otamendi
7, Álvaro Pereira
6, Belluschi
6(Souza
-, 81’), Fernando
6, João Moutinho
7, Hulk
8(Ruben Micael
5, 67’), Falcao
5(Walter
-, 75’) e Varela
6.
TreinadorAndré Villas-Boas.
OlhanenseMoretto
6, João Gonçalves
5, Maurício
6, Jardel
6, Carlos Fernandes
5, Delson
5(Lulinha
6, 46’), Fernando Alexandre
5, Jorge Gonçalves
6, Vinicius
5(Ismaily
-, 78’), Paulo Sérgio
5e Djalmir
5(Adilson
-, 78’).
TreinadorDaúto Faquirá.
ÁrbitroMarco Ferreira
6, do Funchal.
AmarelosDelson 27’, Vinicius (50’), Álvaro Pereira (63’), Djalmir (74’) e Carlos Fernandes (80’).
Golos1-0, por Otamendi, aos 23’; 2-0, por Hulk, aos 45’.
Notícia actualizada às 23h37