Canino

"Canino" não deixa grandes hipóteses ao espectador desprevenido: ou se ama, entrando na pretensão de fazer artístico, ou se odeia, porque nada faz sentido, porque a alegoria da desestruturação familiar nos surge metida pelos olhos dentro com a subtileza de um elefante em loja de porcelanas, embora a querer parecer sofisticado.


Procurámos desafiar o maniqueísmo que o filme propõe; procurámos, mas não conseguimos. Tudo é tão moralista, em última análise, tão a armar ao pingarelho do estranho e do original, que em vez de resultar na diferença descamba no programático, só que disfarçado de produto reciclado para consumidores inteligentes de festival.

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