Cristiano Ronaldo: "Os golos são como o ketchup"

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Ronaldo quer ser o melhor do Mundial José Manuel Ribeiro/Reuters

Cristiano Ronaldo afirmou neste domingo que a sua meta pessoal é “explodir neste Mundial”, usando esta expressão para passar a ideia de que deseja ser uma das figuras da competição.

“A equipa está preparada e claro que quero fazer um bom Mundial e ser o melhor. A minha ambição é ser sempre o melhor”, afirmou o extremo português, em conferência de imprensa, em Magaliesburg, antes do penúltimo treino de preparação para a estreia no Mundial, terça-feira frente à Costa do Marfim, em Port Elizabeth (16h locais, menos uma em Lisboa).

O uso da palavra “explodir” não quer dizer que Ronaldo esteja descontente com o que fez no passado: “Não gosto de explodir só uma vez. Não tenho de demonstrar nada a ninguém, já fiz muitas coisas no futebol. Quando digo explodir é jogar bem, fazer um bom Mundial, como fiz no Europeu e no Mundial.”

Para ser uma das figuras do Mundial Ronaldo precisa de marcar golos, o que não faz pela selecção há 16 meses. “Não estou nada preocupado. Os golos são o como ketchup: quando aparecem, é tudo de uma vez”, argumentou o avançado do Real Madrid, confiante que vai cumprir a promessa de marcar golos no Mundial, embora recuse colocar-se na lista de candidatos ao posto de melhor marcador.

A ausência de golos, diz Ronaldo, não lhe causa ansiedade: “Deus sabe quem trabalha e quem merece. Estou tranquilo, faço o mesmo o que fazia há cinco, há quatro e há dois anos”, acrescentou o avançado, confessando que mantém o “feeling” de que vai acertar nas balizas adversárias: “Estou com esse ‘feeling’. Espero que se possa concretiza. Que a selecção me possa ajudar e eu à selecção, porque só juntos podemos ganhar.”

A dois dias do jogo com a Costa do Marfim, o mais mediático jogador português salientou a importância desse encontro: “Para mim o mais importante é o primeiro jogo. Não vale a pena pôr mais pressão. Se ganharmos dois jogos, podemos passar à próxima fase. Temos de ganhar.”

Ronaldo desvalorizou ainda as dúvidas quanto à presença de Drobga, afirmando que a Costa do Marfim jogará sempre com “11 jogadores”.

Numa conferência com muita imprensa estrangeira, Ronaldo assumiu ainda não ter medo de encontrar a Espanha nos oitavos-de-final: “Se jogarmos contra Espanha, não há que ter medo. Espanha é uma das candidatas, mas não temos medo de nada. Vamos jogar e tentar ganhar”, disse Ronaldo, confessando que tem motivação extra por esta ser uma prova que só se realiza de quatro em quatro anos.

Ronaldo recusou ainda a ideia de o Mundial da África do Sul ser um duelo entre ele e Messi. “Duelo é só nos ringues”, disse o avançado do Real Madrid. “Não o vejo como um rival, mas como um companheiro de profissão. É um jogador que admiro bastante. Ele vai dar o melhor pela selecção dele e eu pela minha.”

As vuvuzelas, e o barulho que elas causam, também estiveram em cima da mesa na conferência de imprensa. E Ronaldo seguiu o caminho das críticas de outros futebolistas. “Quase todos os jogadores se irritam. Não sou só eu. O pessoal só diz mal das vuvuzelas, mas temos de respeitar. Faz parte das pessoas que gostam de soprar e fazer barulho”, disse o português, confessando que é mais difícil concentrar-se em campo.

O madeirense revelou ainda estar muito mais adaptado à bola, apesar de a considerar “difícil”: “Temos treinado bem e, por isso, tenho a convicção que os dribles e os livres vão sair bem. É uma bola difícil, mas não vai ser o principal problema.”

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