Vimos o fim de "Perdidos", mas não contamos (tudo)

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Jack e Hugo, duas das principais personagens da série DR

Já é o terceiro tema mais discutido no Twitter, local onde os criadores de "Perdidos" já foram fazer as suas despedidas. A série "Perdidos" terminou esta madrugada, com audiências americanas e mundiais ainda por apurar, mas com um estrondo. Não, não estamos a falar de explosões. Estamos a falar de uma montanha russa de emoções, com muitas expectativas às costas e toda uma Internet a fazer o balanço de seis temporadas e seis anos de série com base no final de duas horas.

Pouco depois de ter terminado a primeira transmissão em simultâneo de uma série dos EUA para Portugal (das 5h às 7h no canal Fox, operador Meo), bastava ligar o computador: o final da série dominava o Google News, ultrapassando a crise das Coreias ou o drama do derrame na costa americana. Os "tweets" também estavam ao rubro.

A emissão simulcast com a transmissão no canal Fox correu bem (exceptuando no canal HD, em que o som teve problemas no televisor usado pelo PÚBLICO), mas a intriga ultrapassa as questões técnicas. Com pouco tempo para reflectir, é certo, já se fazem avaliações. Entre aqueles que nunca gostaram da série e abominaram o fenómeno, saudando a sua partida, e os que estavam dolorosamente cientes da responsabilidade do momento, todos têm uma opinião.

O PÚBLICO não quer estragar o visionamento do episódio que os leitores tenham guardado para a noite – ou para o próximo dia 1, de novo no canal Fox. Mas há que dizer que o final puxou à emoção, com ênfase total nas personagens e pouco na mitologia que desde 2004 intriga os seguidores de "Perdidos". O regresso, por mais ou menos tempo, de personagens da primeira temporada; o simbolismo religioso; os momentos de humor e o fim a fazer lembrar o início; os elementos de videojogo que, pela primeira vez de forma tão evidente, surgiram com o tal estrondo; e as perguntas.

Como se lia ontem na Pública, nesta série fenómeno o enigma é o enigma. E não se pode dizer que haja uma leitura linear da forma como "Perdidos" terminou. As duas realidades que conviviam nesta temporada ficam solucionadas – mas qual prevalece? O que é a ilha e o que se passa agora/aqui com as 14 personagens que conhecemos em 2005 (ano de estreia de "Perdidos" em Portugal)?

Foram 114 episódios, o último dos quais, duplo, foi transmitido esta madrugada ou nas próximas 48 horas para 59 países, 58 prémios e uma audiência em declínio mas forte nos visionamentos na Internet, seja no site da ABC quanto em sites de streaming, bem como no imenso fórum de discussão alimentado pela banda larga.

Os utilizadores do Meo poderão também ver o derradeiro episódio de uma das séries mais faladas da década no dia 24 no serviço de VideoClube na segunda-feira, dia 24, estando disponível para aluguer durante os 7 dias seguintes, informa o operador.

Hoje, às 9h portuguesas, o co-criador de "Perdidos", Damon Lindelof aconselhava-nos: “Lembrem-se. Deixem-se ir. Ultrapassem e avancem. Vou sentir a sua falta mais do que alguma vez poderei verbalizar”.

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