Palma de Ouro para o realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul

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Apichatpong Weerasethakul Eric Gaillard/Reuters

O realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul recebeu a Palma de Ouro do 63º Festival de Cannes pelo filme "Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives", uma obra em que explora temas relacionados com reencarnação, através de uma personagem que confronta a sua morte iminente.

Javier Bardem e Elio Germano partilharam, "ex-aequo", o prémio de melhor actor masculino. O espanhol pelo seu papel de ex-toxicodependente roído pelo cancro em "Biutifil", de Alejandro González Iñárritu, realizador de "21 Gramas" e "Babel", que desde vez apresenta um melodrama de tons sobrenaturais nos "bas-fonds" de Barcelona.

"Partilho esta algreia com a minha companheira, o meu amor Penélope, que amo tanto, a quem devo tantas coisas: adoro-a", lançou à actriz Penélope Cruz, muito emocionada, que estava na assistência.

O italiano, de 29 anos, dedicou o prémio recebido pela sua interpretação em "La Nostra Vita" aos seus compatriotas: "Dedico este filme à Itália e aos italianos que fazem tudo tudo o que está ao seu alcance para que a ìtália seja um país melhor, apesar da sua classe dirigente", disse, quando subiu ao palco.

Já o francês Mathieu Amalric recebeu o prémio de realização pela sua quarta longa metragem, "Tournée", que acompanha uma série de "strip-teasers".

A actriz francesa Juliette Binoche recebeu, por seu turno, o prémio da melhor interpretação femina, pelo seu papel no filme "Copie conforme", do iraniano Abbas Kiarostami.

A actriz levou um pequeno cartaz para o palco, com o nome do cineasta Jafar Panahi, convidado para o festival, mas que está preso em Teerão, onde as autoridades da República Islâmica o acusam de ser porta-voz da oposição. "Há um homem que está hoje no Irão. Penso nele em especial esta noite. Está connosco em pensamento. Espero que esteja connosco no ano que vem, fisicamente."

Notícia alterada às 20h14
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