Exército quer mais 18 carros de combate Leopard 2A6

O Exército pretende adquirir mais 18 carros de combate Leopard 2A6, tendo a expectativa de alienar 60 dos antigos M60 para ajudar nessa aquisição, de forma a formar três esquadrões com os carros de última geração, anunciou hoje o CEME.

O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Pinto Ramalho, assistiu hoje, no Campo Militar de Santa Margarida, onde se situa a Brigada Mecanizada (BrigMec), ao primeiro teste de tiro real com carros de combate Leopard 2A6.

Portugal adquiriu 37 destas viaturas de “última geração”, que têm vindo a chegar, desde finais de 2008, de forma faseada ao país, tendo as últimas chegado no final de 2009.

As guarnições e os sistemas de manutenção têm vindo a ser treinados, sendo o exercício hoje realizado um dos testes finais para a primeira guarnição constituída.

Pinto Ramalho sublinhou que o exercício de hoje, “Rosa Brava 2010”, constituiu um “passo muito importante” no objectivo de ter os carros de combate Leopard 2A6 a participar activamente no Orion 2010.

“Até Setembro/Outubro um esquadrão estará totalmente operacional e o segundo estará próximo disso”, afirmou, sublinhando que há ainda um percurso a fazer na formação das guarnições, na utilização dos simuladores e no aperfeiçoamento do tiro real.

Segundo disse, os simuladores estão em fase de aquisição, devendo chegar em breve a Portugal.

Pinto Ramalho justificou a vontade de adquirir mais 18 carros de combate Leopard 2A6 com o facto de a convivência de dois sistemas diferentes (Leopard e M60) exigir duas linhas de manutenção e duas linhas de fornecimento de materiais.

“Uma unidade coesa, com as mesmas características em termos de sistema de armas é uma unidade muito mais fácil de manter, mais fácil de instruir, até permitindo a permuta de guarnições”, afirmou, acrescentando que uma guarnição de M60 não pode funcionar no Leopard, sendo a preparação mecânica também diferente.

Até lá, vai ser mantido um esquadrão de carros de combate M60, adiantou.

Para o general, o “avanço qualitativo e tecnológico” que representa a introdução dos Leopard 2A6 permitiu “uma nova avaliação e uma nova utilização” das forças portuguesas no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

O CEME sublinhou que o Exército português “tem uma dimensão adequada à dimensão estratégica do país”, possuindo um conjunto de forças “extremamente equilibrado”.

Além da Brigada Mecanizada, de características pesadas, o Exército conta com outra de características médias (onde estão os Pandur), presente no Kosovo, e outra ligeira (a Brigada de Intervenção Rápida), a cumprir missão no Afeganistão.

“Esta panóplia de forças permite ao país uma gama de opções extraordinariamente flexível”, que lhe permite estar em condições para “responder àquilo que são as exigências da conflitualidade actual”.

Ao exercício “Rosa Brava”, que contou com a participação da Força Aérea com dois F-16 e um helicóptero Allouette, juntaram-se outros dois, o Eficácia 2010 e o Shama 101, este no âmbito da preparação da unidade de engenharia da BrigMec que em Maio parte para o Líbano.

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