Cônsul desconhece eventuais “pagamentos indevidos” no caso dos submarinos

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O cônsul foi suspenso do cargo pelo Governo português na sequência da investigação que decorre sobre os submarinos Rui Gaudêncio (arquivo)

O cônsul honorário de Portugal em Munique, Jürgen Adolf, indiciado por tráfico de influências e corrupção no caso dos submarinos, diz desconhecer qualquer “pagamento indevido” que tenha existido no negócio e repudiou as suspeitas do seu envolvimento.

“Repudio, desde já, quaisquer das alegadas e infames suspeitas que sobre mim têm vindo a incidir e, principalmente, que alguma vez tenha deliberada e conscientemente prejudicado de alguma forma os interesses do Estado português ou violado deveres inerentes à minha função de cônsul honorário”, afirmou Jürgen Adolf, num comunicado enviado à agência Lusa, através do escritório de advogados que o representa.

“Se neste âmbito existiu algum pagamento indevido, não foi com o meu conhecimento, auxílio ou consentimento”, acrescentou Jürgen Adolf, que ocupou durante 15 anos o cargo de cônsul honorário na capital da Baviera.

Suspenso do cargo pelo Governo português na sequência da investigação que decorre na Alemanha, acrescentou que vê suspensa a sua “actuação em prol do Estado português com o sentido do dever cumprido”.

“Tendo em conta a presente situação, e até ao necessário e cabal esclarecimento da mesma pelas autoridades competentes, suspendo a minha actuação em prol do Estado português na qualidade de cônsul honorário, não sem deixar registado que o faço com boas recordações e com o sentido de dever cumprido”, disse.

No comunicado, Jürgen Adolf disse ainda estar “naturalmente disponível” para, “se for entendido como relevante e útil”, prestar esclarecimentos junto das autoridades judiciais portuguesas e alemãs e acrescentou que já manifestou essa disponibilidade junto da Justiça alemã.

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