Fundação que gere Magalhães deve 109 milhões de euros às operadoras

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A comissão de inquérito à FCM visa saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto Enric Vives-Rubio

A Fundação para as Comunicações Móveis, gestora dos programas e.escola e e.escolinha e que é objecto de uma comissão de inquérito, deve 109 milhões de euros à TMN, Vodafone e Optimus, disseram os presidentes das operadoras de telecomunicações.

Os presidentes executivos da Portugal Telecom (PT), Vodafone e Sonaecom foram ouvidos esta semana na comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM).

O presidente executivo da PT, Zeinal Bava, disse que a FCM deve à TMN 96 milhões de euros, 86 milhões de euros referentes ao programa e.escola e sete milhões relativos ao programa e.escolinha.

Zeinal Bava disse que a TMN já recebeu 143 milhões de euros da FCM, 23 milhões de euros dos quais referentes ao programa e.escolinha.

O presidente executivo da Vodafone, António Coimbra, disse, por seu turno, que a FCM deve à operadora quatro milhões de euros, explicando que cerca de 400 mil euros são referentes ao e.escola e 3,6 milhões de euros dizem respeito ao e.escolinha, no âmbito do qual foi distribuído o computador Magalhães.

António Coimbra disse ainda que o último pagamento da FCM, de cerca de oito milhões de euros, foi feito no dia 26 de Fevereiro.

Já a dívida da FCM para com a Optimus ascende a nove milhões de euros, segundo avançou o presidente executivo da Sonaecom, Ângelo Paupério.

Ângelo Paupério afirmou que a “regularização das contas passa pelo registo de juros”, adiantando que não foi solicitado o pagamento destes juros.

“É nosso entendimento que o reconhecimento final das contas passa pelos juros, logo que estejam clarificados os valores”, disse.

Durante as audições, os presidentes executivos da Vodafone e da PT afirmaram que a criação da FCM foi proposta pelo Governo.

A comissão de inquérito à FCM visa saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto e apurar o destino das verbas das contrapartidas das licenças para os serviços móveis de terceira geração.

As audições continuam na próxima semana.

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