Jeff Bridges ganha Óscar de Melhor Actor

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Um dos Óscares mais aguardados da noite, o de Melhor Actor, foi para Jeff Bridges.

Quando venceu o Óscar em 1992 por "Perfume de Mulher", Al Pacino queixava-se: "Estão a quebrar a minha onda" [de derrotado], depois de sete nomeações sem vitórias.

Quando Jeff Bridges recebeu o Globo de Ouro de melhor actor dramático por "Crazy Heart" há semanas, queixou-se, perante uma plateia que lhe dava uma ovação em pé: "Estão mesmo a lixar o meu estatuto de subvalorizado".

Jeff Bridges tem 60 anos, não tinha nenhum Óscar (quatro nomeações), um Globo e três outras nomeações.

Ele foi "Starman" em 1984 (uma nomeação para Óscar), foi um "Contender" (2000, outra nomeação), um dos "Fabulosos Irmãos Baker" (1989) e esteve em pelo menos dois filmes de culto - "Tron" (1982) e "O Grande Lebowski" (1998).

O papel do "slacker" anestesiado Jeffrey Lebowski (que prefere ser chamado de Dude ou El Duderino) é parcialmente retomado este ano em "Homens que Matam Cabras com o Olhar". Mas foi "Crazy Heart", a história de Bad Blake, cantor de country alcoólico em queda, que lhe deu um Óscar.

O "underdog" era um opositor de estrelas (Clooney), vacas sagradas (Freeman), nichos (Firth) e semi-desconhecidos (Jeremy Renner, "Estado de Guerra").

O herdeiro da linhagem Bridges - Lloyd, Beau -, o actor que os outros actores admiram mas que permanece sempre na segunda linha surgia numa corrida que podia não ser a sua.

O filme estava fadado a ir directamente para DVD mas a Fox lá o estreou e de repente criou-se a vaga que começou a considerar que Jeff Bridges, afinal podia ser o homem da categoria.

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