Chanceler alemã considera que as notícias de Copenhaga “não são boas”

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A chanceler defende que as metas dos EUA e de outros países industrializados devem ser melhoradas Michaela Rehle/Reuters

“De momento não está à vista nenhum processo negocial razoável”, comentou Angela Merkel aos deputados do Bundestag, sublinhando que o fracasso em Copenhaga causará danos duradouros.

“Mas, evidentemente, espero que a presença de mais de cem chefes de Estado e de Governo dê o impulso necessário a toda esta reunião”.

“Acredito que esta conferência é um excelente teste para ver se conseguimos adoptar um novo caminho para o desenvolvimento mundial, uma orientação convincente em matéria de desenvolvimento sustentável”, acrescentou a chanceler.

Merkel, cujo país é o sexto maior emissor de gases com efeito de estufa no planeta, salientou que muitas pessoas no mundo têm os olhos postos em Copenhaga para ver se os líderes mundiais conseguem encontrar uma solução. E a chanceler recusa a dizer que perdeu a esperança.

“Ainda não posso anunciar um sucesso. Posso apenas dizer que vou pôr todas as minhas forças para que avancemos um pouco”, concluiu a chanceler.

“Acredito que se houver boa vontade de todas as partes e se todos aceitarem dar um passo, deverá ser possível” chegar a um acordo, disse aos jornalistas antes de viajar para Copenhaga.

Merkel critica metas dos EUA por não serem suficientemente ambiciosas

No entanto, Merkel tem dito que as propostas dos Estados Unidos não são suficientemente ambiciosas.

O Presidente americano Barack Obama prometeu comprometer os Estados Unidos a reduzir 17 por cento as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020, em relação aos níveis de 2005.

Merkel considera que este objectivo apenas corresponde a uma redução de quatro por cento aos níveis de 1990, data utilizada como base de referência pelo Protocolo de Quioto.

A chanceler defende que as metas dos Estados Unidos e de outros países industrializados devem ser melhoradas.

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