“Sou partidário de se avançar no acordo com Marrocos. A melhoria em todos os terrenos passa pela aproximação e não por uma política de separação”, afirmou Zapatero, quando interrogado pela deputada Rosa Díez, da União, Progresso e Democracia (UPyD).

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, evitara na véspera falar de Aminetu Haidar durante a conferência de imprensa dada em Washington com o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos. Mas o senador republicano James M. Inhofe considerou que a situação da activista sarauí é “profundamente perturbante”.

O jornal "El País" considerou ontem um aparente balde de água fria a ida de Moratinos aos Estados Unidos, para procurar convencer o Deptartamento de Estado a envolver-se na resolução deste caso. E admitiu o cancelamento da cimeira que UE e Marrocos têm prevista para a Primavera, num cenário de pressões que horas depois Zapatero acabou por rejeitar claramente.

Segundo ele, Rabat só melhorará o seu respeito pelos direitos humanos estreitando os laços com a UE; e não ficando isolada, ela que já há 13 anos assinou um acordo de associação a Bruxelas.

Haidar encontra-se há 31 dias em greve da fome, nas Canárias.