Empresas estão mais sensíveis a questões ambientais mas falham na definição das metas

Estas são algumas das principais conclusões da quinta edição do ranking ACGE (Alterações Climáticas e Gestão Empresarial), organizado pela Euronatura-Centro para o Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentado, que vai ser hoje apresentado em Lisboa.

O projecto em causa avalia o comportamento de cerca de 50 empresas em 2008, ligadas aos sectores financeiro, dos transportes e da energia (neste caso a nível ibérico), no que respeita às políticas de gestão do desempenho ambiental. Para já, "é ainda insuficiente o número de empresas que define os seus objectivos de forma plena" quando se questionam as metas de emissões de gases com efeitos de estufa, indica a Euronatura quanto aos resultados do ranking, num resumo a que o PÚBLICO teve acesso.

Em contrapartida, esta organização não governamental, especializada em direito ambiental e desenvolvimento sustentado, nota melhorias nos investimentos em energias renováveis e eficiência energética - "apenas 15 (27,3 por cento) das empresas não os realiza" - e destaca como "assinalável" o facto de mais de metade das empresas (52,7 por cento) "publicarem regularmente informação sobre a problemática das alterações climáticas". Faz no entanto uma ressalva quanto à necessidade de melhorar a "qualidade" desses dados. Por outro lado, indicou também a Euronatura, "cerca de 40 por cento das empresas analisadas demonstra ter preocupações climáticas na aquisição de bens e serviços, no entanto quase nenhuma define e aplica critérios específicos" nesse domínio.

No top ten deste ano, o primeiro lugar coube por igual aos CTT e à Sonae Sierra, seguidos pela EDP e pela Repsol. Em causa está a monitorização das emissões, a definição de objectivos climáticos quantificados e uma política de fornecedores e compras com base nesses critérios.

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