Ban Ki-moon diz que tempo se está a esgotar em Copenhaga
“Não temos mais um ano para negociar. A natureza não negoceia”, disse o secretário-geral da ONU, na abertura do segmento de alto nível da conferência climática.
Ban Ki-moon, o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, e a presidente da cimeira, Connie Hegehaard, fizeram discursos carregados de dramatismo, revelando uma preocupação que paira em Copenhaga: a de que os líderes mundiais que estão agora a chegar não consigam resolver todos principais pontos de conflito para um novo tratado.
“O sucesso está ao nosso alcance. Mas, como presidente da COP, tenho de os alertar: podemos falhar”, afirmou Connie Hedegaard. “Nos próximos três dias, temos uma oportunidade única. Podemos escolher entre a glória ou a vergonha”, acrescentou.
“O mundo está a observar, a prender literalmente a respiração. Temos até ao final desta semana”, disse Lars Rasmussen.
O arrastamento das negociações e a dificuldade em superar pontos centrais de conflito lançaram algum pessimismo sobre a cimeira, sobretudo pelo curto espaço tempo ainda disponível.
“Nos próximos três dias, temos uma oportunidade única. Podemos escolher entre a glória ou a vergonha”, acrescentou Connie Hedegaard.
Ban Ki-moon disse que ninguém terá tudo o que pretende, mas todos terão o que é preciso. “É hora de pararmos de nos olhar ao espelho. Está na hora do senso comum, do compromisso e da coragem”, disse o secretário-geral da ONU, numa conferência de imprensa.
Notícia actualizada às 19h08