POSITIVO e NEGATIVO

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Cássio

Uma bola na trave e um golo mal anulado foram as imagens de marca deixadas por este avançado brasileiro. Teve bom apoio de Silas.

André Santos e Paulo Vinicius

O primeiro, médio emprestado pelo Sporting, foi o rosto da boa organização da U. Leiria. O segundo deu os três pontos à equipa de Lito Vidigal.

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Rui Patrício

Tem sido um dos melhores nesta época, mas neste sábado ficou ligado ao lance do golo. Paulo Vinicius cabeceou sem oposição na pequena área. Mas houve colegas que, no balanço global, fizeram exibições mais fracas: Caneira, Matías, Abel…

Carvalhal

Foi um regresso aos maus resultados. Em 4x2x3x1 ou 4x4x2, o Sporting está longe de ser uma boa equipa.

U. Leiria serena e organizada foi mais forte do que Sporting nervoso e sem confiança

Foto
João Moutinho nem queria acreditar na derrota em Alvalade Marcos Borga/Reuters

Só três boas oportunidades desperdiçadas por Liedson nos minutos finais impedem que se qualifique o jogo do Sporting frente à União de Leiria como uma absoluta nulidade. Carlos Carvalhal sofreu a primeira derrota como treinador leonino e viu a equipa de Alvalade somar a quarta jornada consecutiva sem vencer em casa. O que podia ter sido um dia para juntar uma exibição mais positiva a um bom resultado transformou-se num retrocesso e no regresso aos tempos dos assobios em Alvalade.

A União de Leiria conseguiu a primeira vitória da sua história na casa leonina, graças a uma boa organização e à eficácia demonstrada na primeira parte. Paulo Vinicius marcou de cabeça (27’), já depois de Cássio ter cabeceado à trave e de Ronny ter obrigado Patrício a uma defesa apertada.

A serenidade e organização dos leirienses contrastou com o nervosismo e a falta de inspiração dos “leões”. Mesmo com o regresso de Vukcevic e Izmailov (naquele que será o melhor “onze” da equipa), o Sporting mostrou um futebol muito fraco: lento, previsível e estéril. Em toda a primeira parte, a equipa de Carvalhal não fez um único remate à baliza (houve três tentativas interceptadas) e foi preciso esperar pelo minuto 50, para ver um cabeceamento de Liedson por cima da baliza, quando Carvalhal já tinha lançado Adrien e Pereirinha, apostando no 4x4x2 clássico.

O momento do Sporting é complicado e tudo corre mal aos “leões”. Os jogadores não têm confiança e o medo de errar emperra a capacidade de jogar bom futebol. E no plano táctico, Carvalhal está a ter dificuldades em impor o 4x2x3x1, especialmente porque Liedson fica demasiado só na frente. Neste sábado, quando Carvalhal colocou outro homem ao lado do avançado luso-brasileiro, chegaram as oportunidades. Mas não era a tarde de Liedson: ou porque Duricic fez uma boa defesa (83’) a um remate acrobático, ou porque o desvio saiu à figura (87’) ou porque o avançado, isolado, fez o pouco habitual e não conseguiu rematar para a baliza (90’).

O Sporting queixou-se de um lance de Ronny sobre Liedson (pareceu grande penalidade aos 56’), mas também viu o árbitro anular (mal) um golo a Cássio (60’), num jogo em que os jogadores leoninos voltaram a abandonar o relvado debaixo dos assobios e da contestação dos adeptos. O título é cada vez mais uma miragem e só mesmo uma revolução no mercado de Janeiro pode colocar o Sporting numa verdadeira luta pelos lugares europeus.

Ficha de jogo

Sporting, 0


U. Leiria, 1


Jogo no Estádio José Alvalade, em LisboaAssistência: 25.693 espectadores

Sporting: Rui Patrício, Abel, Polga, Carriço, Caneira (Adrien, 46)', Miguel Veloso, João Moutinho, Matias Fernandez (Pereirinha, 46'), Izmailov, Vukcevic (Postiga, 72') e Liedson.

União de Leiria: Duricic, Paulo Vinicius, Bruno Miguel, Tall, Ronny, André Santos, Pateiro (Elias, 90'), Marco Soares, Silas (Hugo Gomes, 88'), Cássio e Tiago Luís (Cervantes, 60').

Árbitro: Vasco Santos, do Porto.

Amarelos: Pateiro (50'), Adrien (52'), Vukcevic (63') e Duricic (80')

Golo

0-1, por Paulo Vinicius, aos 27'

Notícia actualizada às 20h25
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