Editors, um caso à parte

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Os Editors chegaram com vida ao terceiro álbum, e vêm ao Campo Pequeno mostrá-lo

A maioria das bandas que surgiram naquele momento em que a sombra dos Strokes foi ultrapassada pela dos Joy Division e, paralelamente, pela galopante nostalgia 80s, foi esquecida. Coisas como os Bravery ou She Wants Revenge, penosamente coladas a uma ideia ultrapassada, requentada, de rock negro e sofrido, mostraram ser incapazes de repetir a gracinha ao segundo álbum, momento em que, muito justamente, o povo lhes virou costas e os atirou para o caixote de lixo da história.

Os Editors são um caso especial. Pareciam tão perdidos quanto os supracitados à chegada ao difícil segundo álbum, "An End Has a Start", mas, em vez de esquecidos, cresceram. Cresceram enormemente de popularidade com uma voz gutural, metade Ian Curtis, metade vocalista dos Interpol, uma batida metálica tonitruante e os refrões para levitar estádios que lhes preenchem os álbuns.

Sucesso global, a banda de Birmingham regressa ao Campo Pequeno para apresentar o novo álbum, o terceiro da sua carreira, editado em Outubro. Intitula-se "In This Light And On This Evening" e, considerou o vocalista Tom Smith, representa o passo em frente de uma banda que não se queria repetir. "Papillon", o primeiro single, não engana. Os Joy Division ficam lá atrás, chega a inspiração dos New Order. A festa continua.

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