Cimeira Ibero-Americana termina hoje com incógnita sobre Honduras

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As opiniões estão divididas e Sócrates não tem tarefa fácil para obter um consenso Nuno Ferreira Santos

Ainda antes do início do último dia cimeira, o Presidente da República, Cavaco Silva, encontra-se com os chefes de Estado da Argentina e El Salvador e com os antigos presidentes mexicano Vicente Fox e peruano Alejandro Toledo, que lhe irão entregar um relatório da agenda social da América Latina.

O segundo dia de trabalhos da cimeira começa com a sessão plenária de chefes de estado e de governo, seguindo-se uma actuação da Orquestra Juvenil Ibero-Americana.

A sessão de encerramento conta com discursos do secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, do primeiro-ministro português, José Sócrates, do Presidente da República, Cavaco Silva, e da Presidente da República da Argentina, Cristina Kirchner, país que acolherá a próxima cimeira.

A cimeira terminará com uma conferência de imprensa, onde participarão igualmente Cavaco Silva, José Sócrates, Cristina Kirchner e Enrique Iglesias.

As eleições de domingo nas Honduras marcaram o primeiro dia de trabalhos da cimeira, com uma parte das delegações a apoiar a nova liderança do país e outra a rejeitar a legitimidade do escrutínio, e deverá ainda dominar o dia hoje, já que se mantém a incógnita sobre se os chefes de estado e de governo conseguirão chegar a uma declaração de consenso.

O tema da cimeira, Inovação e Conhecimento, foi assinalado sobretudo nos discursos da abertura do evento, com o primeiro-ministro português, José Sócrates, a referir que estes “são questões estratégicas centrais para a promoção da igualdade de oportunidades, do crescimento económico e para a promoção de cidadania adulta”.

Por seu lado, o Presidente português, Cavaco Silva, pediu uma atitude exigente dos estados ibero-americanos para que o diálogo possa ser traduzido em acções concretas.

Numa reunião sem oito dos 22 mandatários dos estados-membros, uma das estrelas do primeiro dia foi a cantora colombiana Shakira, que pediu, em nome da Fundação Alas de que é activista, que o tema da educação e desenvolvimento infantil seja prioritário na próxima cimeira.