Incêndios na Austrália: "a maior catástrofe natural do país" já causou 108 mortos

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A vaga de calar que atinge o Sul do país dificulta o trabalho dos bombeiros Mick Tsikas/Reuters

Os incêndios que devastam vários estados do Sul da Austrália já causaram 108 mortos, de acordo com o último balanço oficial citado pelo jornal “Sydney Morning Herald” que classifica esta vaga de fogos como “a maior catástrofe natural do país”. O número de casas queimadas ascende a 750, das quais 550 estavam localizadas na localidade de Kinglake, nos arredores de Melbourne.

Numa altura em que continuam activos pelo menos 26 incêndios, o tom do jornal é pessimista em relação ao balanço final desta catástrofe. “O pior ainda está para vir”, escreve a edição online do SMH.

Citado pelo mesmo jornal, o primeiro-ministro Kevin Rudd afirmou: “O inferno e a sua fúria visitaram o bom povo de Vitória nas últimas 24 horas e muitas pessoas boas morreram; muitas outras estão feridas. Tenho receio que nos próximos dias as notícias serão ainda piores e o país precisa de se preparar à medida que os factos forem sendo conhecidos”.

Entre as primeiras vítimas mortais identificadas conta-se o antigo pivot do Channel Nine Brian Naylor, de 78 anos, e a sua mulher Moiree, apanhados pelas chamas na sua casa em Kinglake West.

O SMH escreve ainda que as cidades de Kinglake e Marysville parecem ter sido bombardeadas. As autoridades estão tratar esta vaga de incêndios como se tratasse de um “ataque terrorista”. O território afectado pelas chamas ultrapassa os 330 mil hectares, o equivalente a 65 por cento do Algarve.

Os incêndios florestais são frequentes na Austrália, mas este ano as condições são particularmente graves, com temperaturas a chegar aos 46,4 graus Celsius em Melbourne (não há registo de temperaturas mais elevadas no estado de Vitória), acompanhadas por ventos de mais de 100 quilómetros por hora.

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