Editores e livreiros preparam plano conjunto para fortalecer e unir sector

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Um dos objectivos é mostrar que a associação não é apenas a feira do livro Filipe Casaca (arquivo)

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) prepara um conjunto de iniciativas para o próximo ano visando "unir e fortalecer o movimento associativo", disse o seu presidente, Rui Beja.

Salientando que "a APEL não é apenas a feira do livro", cujo novo projecto foi entregue no final do mês passado à Câmara de Lisboa, Rui Beja sublinhou o facto de ser a única associação empresarial "que representou os editores portugueses na última de Feira de Frankfurt". "Realizada em Outubro, a APEL foi a única a representar o sector naquele que é o maior certame mundial do livro, o que aliás é já uma tradição", enfatizou.

Referindo-se ao novo plano das feiras do livro de Lisboa e Porto, Rui Beja adiantou que este "colheu a aprovação e um profundo entusiasmo junto da esmagadora maioria dos associados". Refira-se que a APEL representa 75% do sector editorial português, o que para Rui Beja "fortalece expectativas para que Lisboa e Porto tenham as melhores feiras do livro de sempre, em 2009".

"Trabalho interno feito, a APEL está pronta para agora abrir-se à sociedade", disse. "Temos estado internamente a preparar-nos para a necessária abertura à sociedade, tornar a APEL mais presente, e a prestação de um serviço que acresça valor aos sócios", disse.

Tertúlias

"Tendo em mente a união dos editores e livreiros, valorização do movimento associativo e captação de sócios", Rui Beja projecta um departamento de apoio ao associado, "reactivar a formação profissional", e a realização de tertúlias. As "tertúlias para troca de conhecimentos, impressões e debate cultural" realizar-se-ão já a partir do próximo ano na sede da APEL.

Quanto à "reorganização" passou por estruturar a Associação em diferentes departamentos: Centro de documentação bibliográfica; Feiras e eventos; Serviços administrativos; e o de Relações institucionais e comunicação. "Mais comunicação, informação e melhoria do apoio aos sócios", são outras metas apontadas por Rui Beja.

Estas medidas traduzem-se por um reforço do site da APEL, envio regular de uma "newsletter" aos associados, criação de um gabinete próprio de comunicação, e um outro para os sócios. Rui Beja sublinhou que se tem "concentrado muito no relacionamento com entidades ligadas ao livro e à leitura, procurando "um fortalecimento dessas relações", quer com organismos nacionais quer internacionais.

Em termos internacionais, "houve que reforçar os laços e indicar quais os directores que representam a APEL". Entretanto, "um sinal de confiança e reconhecimento do trabalho feito" foi a decisão da Agência do ISBN (International Standard Book Number) em realizar em Lisboa, organizado pela APEL o seu congresso internacional, em 2010.

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