Instalação de 126 painéis solares vai alimentar Palácio de Belém

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O Presidente quer que o Palácio seja um exemplo de um edifício público verde Carlos Lopes (arquivo)

O Palácio de Belém vai ser alimentado pelos 126 painéis solares instalados hoje. A intervenção foi realizada no âmbito das medidas de eficiência energética anunciadas em Janeiro que irão permitir a redução em 40 por cento da factura energética do edifício.

Os painéis solares vão permitir fornecer uma "potência de génese solar fotovoltaica de cerca de 20kW", explica uma fonte de Belém. Esta medida surge na sequência do Relatório da Auditoria Energética ao Palácio, solicitado pelo Presidente da República, e das Medidas de Eficiência Energética anunciadas em Janeiro de 2008.

Com uma capacidade de produção estimada em 30.152KWp anuais, o sistema foto voltaico instalado cobre cerca de 15 por cento dos consumos eléctricos da Presidência da República, adiantou a mesma fonte.

Outras medidas já foram desenvolvidas com o mesmo objectivo como o isolamento térmico das coberturas dos edifícios e isolamento das tubagens dos sistemas de climatização, bem como a substituição dos equipamentos de iluminação interior e exterior por outros mais eficientes.

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado também foram substituídos e alterado o seu modo de funcionamento, foi feita a conversão dos consumos de gasóleo para gás natural e, ainda a afinação das antigas caldeiras a gás natural.

Os novos equipamentos e as alterações já introduzidas no Palácio de Belém completam o plano de optimização energética em execução em 2008, "reduzindo em cerca de 200 toneladas as emissões de CO2 e contribuindo significativamente para a diminuição da factura energética", assegurou a mesma fonte.

Os resultados da auditoria energética mandada realizar pelo Presidente da República, e que abrangeu os 18 mil metros quadrados de superfície do Palácio de Belém, foram apresentados no final de Janeiro.

Na altura, o Presidente da República sublinhou a necessidade de Portugal apostar numa maior eficiência energética, defendendo "uma nova atitude".

"O Estado deve dar o exemplo e os cidadãos devem adquirir comportamentos mais amigos do ambiente", disse Cavaco Silva.

"O Palácio de Belém quis dar o exemplo", acrescentou ainda o chefe de Estado, desafiando os responsáveis de outros edifícios públicos a seguirem o mesmo exemplo.

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