O Julgamento

É verdade que a história recente de Portugal continua ausente do cinema, mas o facto de se querer questionar a repressão do Estado Novo não justifica este filme precipitado.

O principal problema passa pela excessiva simplificação do argumento, pelos impensáveis diálogos e pela inexistência de personagens credíveis. Abordar questões como as da memória dolorosa da tortura implica um cuidado acrescido para evitar a demagogia panfletária. A realização é escorreita, mas corresponde mais à eficácia imediatista de um telefilme do que a um mais ambicioso projecto, destinado ao grande ecrã.

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