Mala Noche

É interessante, numa altura em que o nome de Gus Van Sant se impôs como uma referência no cinema contemporâneo, e antes da estreia do seu último filme, "ressuscitar" o "opus 1", rodado em 16mm, com meia dúzia de tostões.

"Malanoche" possui este interesse histórico, mas não se esgota na curiosidade: antecipa muitas das obras paradigmáticas do realizador, nomeadamente o mítico "My Own Private Idaho", e revela a capacidade de Van Sant para combinar a improvisação com um gosto (ainda que incipiente) por um território específico do Noroeste dos EUA, bem como a qualidade de uma "mise-enscène" dos corpos num espaço bem delimitado. Por tudo isso, uma atitude a saudar esta de contextualizar uma obra marcante com o objecto que a "originou".

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