Morreu o jogador do Sevilha que estava em coma

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Antonio Puerta ainda saiu pelo seu próprio pé durante o jogo com o Getafe Marcelo del Pozo/Reuters

O defesa esquerdo do Sevilha Antonio Puerta, que sofreu pelo menos duas paragens cardíacas no sábado passado, num jogo contra o Getafe, faleceu hoje, após três dias em coma.

O jogador, de 22 anos, sofreu uma primeira paragem cardíaca no decorrer do jogo, mas acabou por recolher ao balneário pelos seus próprios meios. Já no interior do balneário sofreu outra paragem cardíaca e foi transportado para o hospital, onde esteve em estado de coma nos últimos dias.

Ainda segundo a edição online do "El Mundo", desde o primeiro momento que se sabia que a situação de Puerta era muito grave e só a imediata utilização de um desfibrilador no Estádio Sánchez Pizujuán permitiu que o jogador se mantivesse com vida.

Devido à morte do jogador, foi cancelado o jogo desta noite da pré-eliminatória da Liga dos Campeões que oporia o Sevilha ao AEK de Atenas.

Citado pelo "El País", o relatório médico do Hospital Virgen del Rocío, Gimeno Guerrero, explica que Antonio Puerta foi vítima de "uma arritmia ventricular provocada por uma displasia do ventrículo direito".

Autor do "golo que mudou as nossas vidas"

Antonio Puerta fica na memória dos adeptos do Sevilha por ter sido o autor do golo que qualificou a equipa para a sua primeira final de uma competição europeia em 44 anos. No dia 27 de Abril do ano passado, Puerta selou a vitória do Sevilha já no prolongamento, num jogo frente aos alemães do Schalke 04 numa das meias-finais da Taça UEFA. Os espanhóis conquistariam depois a taça frente aos ingleses do Middlesborough, com uma goleada por 4-0.

Para se perceber a importância de Antonio Puerta na história recente do Sevilha, registe-se que o seu golo contra o Schalke 04 ficou conhecido entre os adeptos do clube como "o golo que mudou as nossas vidas", por ter aberto as portas à final da Taça UEFA 2005-2006 mas, acima de tudo, por ter funcionado com arranque para a conquista de cinco títulos em apenas 15 meses, entre os quais a segunda Taça UEFA consecutiva, frente aos compatriotas do Espanyol de Barcelona, numa vitória por 3-1 na marcação de grandes penalidades.

Internacional pela selecção espanhola, Puerta vestiu pela primeira vez a camisola do seu país em Outubro de 2006, quando foi convocado por Luis Aragonés para colmatar a ausência por lesão de José Antonio Reyes.

Puerta estava a apenas um mês de assistir ao nascimento do seu primeiro filho.

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