Querida Wendy

O Dogma 95 está morto e enterrado, os deuses sejam louvados. Por isso, "Querida Wendy" já quase aparece nos antípodas do seu repugnante "A Festa", um dos manifestos do movimento. Quer capitalizar a força de filmes como "Elephant" ou "Bowling for Columbine", mas fica irremediavelmente pela superfície formal de uma tensão que o cineasta nunca entendeu.

Se o objectivo era expressar uma homenagem à vitalidade de um certo cinema americano, o resultado é uma sensaborona mistura de sinais exteriores,pedantemente "desarticulados", uma espécie de "western" patético, tão inacreditavelmente vazio,quanto a revisita à "Americana" de "Dogville" do seu comparsa "dogmático", Lars Von Trier.

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