Depois da glosa televisiva, com história moderna a condizer, temos agora mais uma incursão "comercial" (o que quer que signifique tal expressão) do cinema português pelo folhetim conjunto de Eça e da Ramalhal figura, "O Mistério da Estrada de Sintra".
Dizer que se trata de um filme insuportável seria faltar à verdade: há um esforço de limpeza técnica,mas também de limpeza narrativa. Não se tomam grandes riscos, como se bastasse para provar o jeitoindustrial, que não existe, uma série de televisão amplificada para o grande ecrã, repleta de peripécias e com razoável reconstituição histórica. Fica o desejo, nem sempre conseguido, de fazer reinar um humor distanciado e um academismo arrumadinho de trazer por casa.
