Trocar lâmpadas incandescentes por economizadoras reduz consumo em quatro por cento

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Em 2003, o sector doméstico era responsável em Portugal por cerca de 16 por cento do consumo total de energia Vasco Neves/PÚBLICO (arquivo)

Substituir lâmpadas incandescentes por outras de baixo consumo permitiria reduzir em quatro por cento a factura de electricidade, segundo dados preliminares do projecto EcoFamílias da associação Quercus.

O projecto em causa teve como objectivo avaliar o potencial de poupança e a mudança de comportamentos para reduzir os consumos de energia em 30 famílias da região de Lisboa.

Iluminação, entretenimento e informática representam cerca de 30 por cento do consumo total das EcoFamílias, sendo nestas áreas que a mudança de comportamentos é decisiva para reduzir os consumos.

Mais de metade das famílias que participaram no estudo (46 por cento) usam lâmpadas incandescentes, 33 por cento halógeneo, 14 por cento fluorescentes compactas (ou economizadoras) e sete por cento fluorescentes.

Os equipamentos de entretenimento e informática também apresentam um potencial de poupança substancial, indicou a coordenadora do projecto EcoCasa, Rita Antunes.

Actos simples, como desligar a televisão no botão ou adquirir fichas com corte de corrente permitiriam eliminar o desperdício de energia associado aos consumos "fantasma" ou em "stand-by". Rita Antunes estima que os equipamentos poderiam consumir até 30 por cento menos de energia se estas medidas fossem aplicadas.

Em 2003, o sector doméstico era responsável em Portugal por cerca de 16 por cento do consumo total de energia.

A iniciativa EcoFamílias tem por objectivo avaliar o consumo das famílias portuguesas e o potencial de redução de consumos através da alteração de hábitos de utilização dos equipamentos e da substituição de equipamentos energeticamente ineficientes por outros mais eficientes.

Durante as visitas de monitorização e aconselhamento foram analisados consumos globais de electricidade, água e gás, através de leitura de contadores e/ou contas; teores de humidade e temperatura em divisões climatizadas e não climatizadas da casa; consumos específicos dos diversos aparelhos eléctricos; e hábitos de consumo, através de um questionário.

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