Ana Luísa Amaral vence Prémio Literário Casino da Póvoa

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O júri distinguiu a obra pela sua originalidade e pela depurada elaboração rítmica DR

A poeta Ana Luísa Amaral é a vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito do encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d'Escritas, com a obra "A Génese do Amor".

O galardão, no valor de 20 mil euros, foi atribuído a Ana Luísa Amaral por unanimidade, por um júri constituído pelos escritores Ana Paula Tavares, Patrícia Reis, Luís Adriano Carlos, Pedro Eiras e Rosa Martelo, disse hoje à Lusa a organização.

"Sinto que cheguei a um ponto importante da minha carreira, mas sou a mesma pessoa que era antes. É claro que quando uma pessoa se sente de alguma forma reconhecida, é possível que depois se sinta também mais motivada para escrever", declarou a autora.

O júri distinguiu a obra da poeta "pela sua originalidade de concepção e pela depurada elaboração rítmica e expressiva da linguagem, considerando que a obra representa um ponto culminante no percurso de uma autora que tem vindo a impor-se no panorama literário contemporâneo pela sua singularidade estética", afirmou a escritora angolana Ana Paula Tavares.

Este ano a poesia era a categoria a concurso (nos anos pares é a prosa), incidindo sobre obras em primeira edição, publicadas em Portugal entre Junho de 2004 e de 2006, por autores de língua portuguesa ou espanhola.

"A Génese do Amor", edição da Campo das Letras de 2005, foi uma das dez obras finalistas de entre um total de 130 concorrentes.

Os restantes finalistas eram "O Tempo que nos Cabe", de António Mega Ferreira; "Sol a Sol", de Armando Silva Carvalho; "A Dolorosa Raiz do Micondó", de Conceição Lima; "Movimentos no Escuro", de José Miguel Silva; "A Estrada Branca", de José Tolentino de Mendonça; "Duelo", de Luís Quintais; "Migrações do Fogo", de Manuel Gusmão; "Geometria Variável", de Nuno Júdice; e "Rostos da Índia e Alguns Sonhos", de Urbano Tavares Rodrigues.

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