Maria da Fé e Rui Vieira Nery distinguidos com Prémios Amália Rodrigues

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Rui Vieira Nery DR

A fadista Maria da Fé foi distinguida com o Prémio para a Melhor Intérprete Feminina de 2006 pela Fundação Amália Rodrigues, revelou hoje à Lusa o júri desta segunda edição dos galardões.

Com uma carreira de mais de 40 anos, Maria da Fé é, no entender do júri, "um exemplo do próprio percurso fadista contemporâneo", merecendo por isso esta distinção. "O fado cresce com a pessoa, amadurece e vive da experiência feita e Maria da Fé tem nesta altura todo esse saber de experiências acumuladas", sublinhou um dos membros do júri à Lusa.

A totalidade dos nomes vencedores dos Prémios Amália Rodrigues, instituídos pela fundação com o nome da diva do fado, serão conhecidos na segunda-feira e entregues no mesmo dia, numa gala no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.

Este ano, às 17 diferentes categorias o júri decidiu adicionar um novo galardão, denominado "Prémio Amália Rodrigues de Ensaio e Divulgação", destinado a personalidades ou instituições que se tenham destacado nessas duas áreas.

Este ano, o prémio será atribuído ao musicólogo Rui Vieira Nery, que recentemente editou o livro "Para uma história do fado".

Para o júri, a criação deste novo prémio justifica-se pelo "grande interesse pelo fado e por ser uma questão da actualidade".

Rui Vieira Nery, subdirector do departamento de música da Fundação Calouste Gulbenkian, é a pessoa que "melhor tem sabido elaborar uma síntese sobre a história do fado", referiu o júri.

Rui Vieira Nery tem ainda uma ligação sentimental ao fado, sendo filho do guitarrista Raul Nery, distinguido em 2005 com o Prémio Carreira.

No total, os Prémios Amália Rodrigues distinguem anualmente 18 personalidades, em diferentes áreas da música, do fado amador ao melhor guitarra portuguesa, do melhor poeta de fado ao artista revelação masculino e feminino.

Cada homenageado receberá uma estatueta em bronze simbolizando a figura de Amália Rodrigues, criado pelo escultor Ruy Fernandes.

Em 2005, entre os artistas distinguidos contam-se Argentina Santos, Camané e Mariza.

O júri dos prémios deste ano é presidido por Fernando Machado Soares e composto ainda pela gestora do Museu do Fado, Sara Pereira, pela actriz Alina Vaz, pelo jornalista Nuno Lopes e pelo poeta José Luís Gordo.

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