Um filme sobre Carlos Paredes vale, desde logo pela figura, pela música, pela evocação. Depois, atentamos no grau de manipulação das imagens, comparamos com o "método" de Edgar Pêra e podemos constatar que já vimos melhor adaptação do motivo ao aparato formal. O que aparece como mais interessante e criativo é, porém, o modo como o realizador fragmenta e reconstrói, como reinventa uma personalidade a partir de uma ideia de cinema e do respeito por um universo conceptual.
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