Arquivadas suspeitas sobre Isabel Damasceno no caso “Apito Dourado”

Foto
Isabel Damasceno foi acusada após escutas de uma conversa telefónica com o presidente suspenso do Conselho de Arbitragem DR

A presidente da Câmara de Leiria, Isabel Damasceno, foi hoje notificada do arquivamento das suspeitas que sobre si pendiam no âmbito do processo “Apito Dourado”, no qual tinha sido constituída arguida pelo crime de "tráfico de influências".

"Tanto eu como ela fomos hoje notificados do despacho de arquivamento relativamente aos factos pelos quais estava indiciada no processo Apito Dourado", disse à Lusa o advogado de Damasceno, Alfredo Castanheira Neves.

A eventualidade do nome de Isabel Damasceno constar nas certidões extraídas do processo e enviadas para outras comarcas não mereceu comentários da parte do advogado. "Não posso tecer considerações sobre factos que não conheço e que porventura estarão em segredo de justiça", considerou.

A autarca foi constituída arguida no âmbito do processo “Apito Dourado”, relativo a corrupção no futebol português, a 19 de Janeiro de 2005.

Isabel Damasceno estava acusada do crime de tráfico de influências, após escutas de uma conversa telefónica com Pinto de Sousa, presidente suspenso do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e um dos principais arguidos do caso.

Nessa conversa telefónica, Damasceno terá falado com Pinto de Sousa sobre Carlos Amado, um ex-árbitro de futebol e funcionário comercial da Portugal Telecom, onde foi subordinado de Isabel Damasceno antes de esta ser autarca.

Num comunicado divulgado a 21 de Janeiro de 2005, a autarca explicava que nessa conversa se limitou a elogiar o ex-árbitro.

Sugerir correcção
Comentar