A Walt Disney anunciou hoje a compra da Pixar, por 7400 milhões de dólares (cerca de 6000 milhões euros), ao abrigo de um acordo que coloca os responsáveis criativos da inovadora produtora no controlo dos mais famosos estúdios de animação do mundo.

Produtora de grandes sucessos como “Toy Story” ou “Nemo”, a Pixar foi um dos primeiros estúdios norte-americanos a apostar na animação por computador, a par da Dreamworks, responsável por filmes como “Shrek” ou “Madagáscar”, comprada em Dezembro pela Paramount Pictures.

Ao abrigo do acordo, Steve Jobs, o director-executivo da Apple mas também Pixar, irá tornar-se num dos maiores accionistas da Disney, com presença no conselho de administração dos estúdios. Jobs detinha a maioria do capital da produtora, passando agora a deter acções da Disney calculadas em cerca de 3700 milhões de dólares.

A Disney cedeu também o controlo dos seus estúdios aos directores criativos da Pixar, Ed Catmull e John Lasseter, numa iniciativa que visa reanimar os estúdios criadores do mítico Rato Mickey, que nos últimos anos foram incapazes de acompanhar o ritmo frenético das produtoras independentes.

“A compra da Pixar vai estimular de forma significativa a divisão de animação da Disney, que é o motor criativo essencial para promover o crescimento das nossas actividades”, adianta um comunicado emitido pelo presidente da Disney, Robert Iger.