Militares portugueses vão continuar na Bósnia, Kosovo e Afeganistão

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Regressaram hoje do Afeganistão 37 militares que asseguraram, desde Agosto, o comando e gestão do aeroporto internacional de Cabul António Cotrim/Lusa

O Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou hoje a manutenção de forças militares portuguesas na Bósnia-Herzegovina, Kosovo e Afeganistão durante o próximo ano, segundo um comunicado daquele órgão presidido pelo Chefe de Estado, Jorge Sampaio.

Numa reunião extraordinária para deliberar sobre movimentos de chefias resultantes da nomeação recente do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou o prolongamento das missões naqueles três teatros de operações, depois de ter "procedido à ponderação dos riscos inerentes".

"Perante a informação prestada pelas chefias militares de que, quer nos aspectos de equipamento, quer nos que respeitam à preparação do pessoal, as Forças Armadas estão prontas a continuar as missões que actualmente lhes estão atribuídas, o Conselho decidiu aprovar a manutenção de forças militares portuguesas, durante o ano de 2006, nos Teatros da Bósnia-Herzegovina, do Kosovo e do Afeganistão, neste país até Agosto deste mesmo ano", lê-se no comunicado divulgado por Belém.

O Conselho decidiu também "assegurar a participação de quadros na formação de forças e serviço em quartéis-generais da Aliança, com efectivos e nas condições a definir pelas respectivas autoridades competentes e sem prejuízo de uma oportuna reavaliação".

De acordo com informação do Estado-Maior General das Forças Armadas, Portugal tem 236 militares ao serviço da União Europeia na Bósnia-Herzegovina, 308 no Kosovo e 157 no Afeganistão, nestes dois casos ao serviço da NATO.

Do Afeganistão, onde a 18 de Novembro morreu o sargento dos comandos João Paulo Roma Pereira, regressaram hoje a Lisboa os 37 militares que asseguraram, desde Agosto, o comando e gestão do aeroporto internacional de Cabul, missão em que foram substituídos por um contingente grego.

Na reunião de hoje, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou a proposta de exoneração do vice-almirante Melo Gomes do cargo de segundo-comandante do Quartel-General Conjunto da NATO em Oeiras e a nomeação do tenente-general Mário de Oliveira Cardoso para o substituir.

O vice-almirante Melo Gomes foi nomeado recentemente Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), tendo agora o Conselho Superior de Defesa Nacional procedido à nomeação de novos comandantes operacionais este ramo.

Assim, foi confirmada a exoneração do vice-almirante João Pires Neves de vice-CEMA, tendo sido nomeado para o cargo o vice-almirante Vítor Lopo Cajarabille.

O cargo de Comandante Naval passa a ser exercido pelo vice-almirante Fernando Vargas de Matos, em substituição do vice-almirante Henrique da Fonseca.

Para substituir o tenente-general Mário de Oliveira Cardoso como Comandante Operacional das Forças Terrestres foi nomeado o tenente-general António Alberto da Palma, "cuja promoção foi hoje confirmada".

Finalmente, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou as promoções a major-general dos coronéis Carlos Pinheiro Chaves, Raúl Ferreira da Cunha, Luís Ferreira da Silva, Mário Correia Gomes, Vítor Rodrigues Viana, Alfredo Piriquito, Joaquim Henriques e João da Silva Cândido.

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