Partido “Os Verdes” preocupado com futuro de Tróia

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As torres Verde-Mar e T04, do antigo complexo turístico da Torralta, foram demolidas às 16h00 João Relvas/Lusa

Horas depois da implosão das duas torres de Tróia, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) expressou a sua preocupação quanto ao futuro da península, referindo-se, nomeadamente, à marina, novo cais de “ferries” e ao número de camas a construir.

Em comunicado, o partido considera que a marina de Tróia “pode ter uma implicação muito negativa sobre a comunidade” da espécie roaz-corvineiro (Tursiops truncatus). Os animais podem ser afectados pelos impactes negativos da construção e funcionamento da marina, lembra o PEV. No entanto, estas situações “não foram estudadas no estudo de impacte ambiental”. O partido considera “oportuno realizar um estudo específico sobre a salvaguarda da comunidade de roazes, estudo que nunca foi feito”.

As implicações negativas do novo cais de “ferries” na dinâmica costeira são outra das preocupações do PEV. Em causa está a “destruição da área dunar” e a “construção em zona classificada como sensível”.

O partido acrescenta no comunicado a pressão das 17 mil camas turísticas a construir. “A área de construção crescerá significativamente em superfície, decorrendo daí uma maior impermeabilização de solos”. Além disso, salienta, “a população constante em Tróia aumentará de modo relevante, com todas as implicações daí decorrentes”.

O PEV quer saber “como é que pode evoluir o crescimento turístico nesta zona, sendo necessário garantir um planeamento do território que evite, a médio e longo prazo (...), uma paisagem em Tróia semelhante ao que conhecemos na maior parte do Algarve”.

As torres Verde-Mar e T04, do antigo complexo turístico da Torralta, em Tróia, foram demolidas às 16h00. O primeiro-ministro José Sócrates e o presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, accionaram o detonador que provocou a implosão dos dois edifícios.

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